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Bando de agiotas pode ser maior e não tomava cartões só de idosos

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Em entrevista no Jornal Cidade Verde da noite desta quinta-feira (20), o titular da Delegacia do Idoso, Mauro André Miranda, confirmou que a lista de lesados pela quadrilha de agiotas desbaratada hoje vai além de aposentados. Pessoas não idosas também tinham de ceder o cartão bancário com senha para conseguir empréstimos, mesmo que a juros exorbitantes. E mais pessoas podem estar envolvidas no esquema. 

Jordana Cury/Cidadeverde.com
Delegado Mauro André explica como agia a quadrilha

Ao Cidadeverde.com, Mauro André Miranda informou que não haverá problemas no inquérito por conta do caso agora também envolver não idosos. Segundo ele, basta apenas um idoso ter sido lesado para o crime ser de alçada da delegacia especializada. 

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Mauro André Miranda explicou que a operação começou pela denúncia de um idoso, que relatou ter deixado o cartão com a senha como condição para que o dinheiro fosse liberado. O fato foi considerado uma novidade pelo delegado, que só tinha notícia de cartões retidos no interior por comerciantes que não tinham sua mercadoria paga pelo cliente. Hoje, cinco pessoas foram presas com 500 cartões e e R$ 30 mil em espécie, além de cinco motos e uma Hilux. 

"Com essa quantidade de cartões e tratando também em conjunto com agiotagem, é a primeira vez que foi feito", confirmou o delegado, dando detalhes do nível de atuação do grupo. "A quadrilha era tão organizada que os cartões apreendidos eram plastificados e no verso havia a qualificação da pessoa, com nome, endereço e a senha do cartão". 


O bando também tinha uma pessoa responsável exclusivamente pelo saque e outra para entregar aos idosos o que sobrava do dinheiro. Para proteção própria, câmeras de segurança na porta da casa no Parque Piauí, zona Sul de Teresina, foram instaladas. 

O delegado também acredita que possa encontrar mais envolvidos no esquema. "A gente vai ter 10 dias para concluir o inquérito, mas vamos continuar investigando". Um dos fatos a ser apurado é o volume de cartões do interior do Piauí, de municípios como Valença e Parnaíba. 

Os presos podem ser indiciados por retenção de cartão, formação de quadrilha e agiotagem, podendo pegar penas máximas de 2, 3, e 2 anos por cada crime, respectivamente.

Fábio Lima
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