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No Piauí, Pachecão diz que mundo é dos "loucos" e prega ousadia

José Inácio da Silva Pereira é mais um brasileiro de sucesso com um pé no Piauí. Neste domingo (20), o professor mineiro mostrou como virou "Pachecão", o professor de Física que transformou suas aulas com músicas irreverentes e virou atração em todo o Brasil. Em Teresina, ele contou sua história de vida para funcionários do Cidadeverde.com, Revista e TV Cidade Verde, no workshop anual promovido pelo grupo de comunicação. 

Fotos: Carlos Lustosa Filho/Cidadeverde.com


Sempre com muito bom humor, Pachecão contou sua história de vida na palestra "Sucesso - A Arte de Realizar Sonhos". Fazendo piadas com sua própria situação, o professor mostrou como era uma figura desacreditada por muitos, mas que se tornou um fenômeno no ensino brasileiro, chegando a gravar disco com músicas que descomplicam as fórmulas de física e se tornando ator na série juvenil de TV "Sandy e Júnior", protagonizada pela dupla sertaneja em 1999. 

Mas o pé no Piauí surgiu com um amigo do município de Luzilândia, chamado Francisco, e com quem aprendeu a música "Piranhão", uma letra sem muito sentido que mistura diversos temas e termina com a junção dos estados do Piauí e Maranhão. "Eu tenho carinho pelo Piauí justamente por conta desse cara. Nós vivemos juntos em 1979, 1980. É um cara fantástico, que me ajudou para caramba, e um amigo de coração, um irmão mesmo", recorda. Francisco se mudou para o Distrito Federal anos depois. 


Tão louca quanto a letra de "Piranhão" é o próprio Pachecão, que ganhou o apelido na Copa do Mundo de 1982, quando um comercial de TV da Gillette apresentava a personagem "Pacheco camisa 12". Tal qual como o torcedor, que subia na poltrona e beijava a TV com os gols da seleção, o professor mineiro sobe nas cadeiras durante sua palestra para vibrar com cada momento narrado. A empolgação é tão grande que nem o mesmo contém as próprias risadas.

Pachecão e a personagem da Copa de 1982 que inspirou seu apelido

E ser "louco" não é nenhum demérito para o professor, pelo contrário. Para Pachecão, "o mundo é dos loucos" e não dos "normais". Ele usa o adjetivo para defender a ousadia e a busca de cada um pelos seus ideais. Lembrando Raul Seixas, ele afirma: "Basta ser sincero e desejar profundo / você será capaz de sacudir o mundo". 

De forma divertida, Pachecão mostra como é importante o amor entre as pessoas para o bom relacionamento no ambiente de trabalho, a capacidade de superar adversidades, a necessidade de sair da inércia e como inovar para atender seu público. 


Referências ao Piauí
Ao chegar no Grupo Cidade Verde, Pachecão obteve outras visões do Piauí além da música "Piranhão". Ele afirmou ter visto o documentário da TV Cidade Verde sobre a Batalha do Jenipapo e ressaltou sua importância. "Nunca pensei que em Campo Maior aconteceu aquilo. Foi um trabalho fantástico de vocês", disse sobre o DVD. 

Outra referência foi sobre a capa da Revista Cidade Verde lançada no Natal de 2012. Ele usou a manchete "Fazer o bem faz bem" como referência não só para as festas de fim de ano, mas para as relações como um todo, inclusive no trabalho. 

Fora da sala de aula
Revelado após usar mais o violão do que a lousa, Pachecão saiu da sala de aula em 2010. Três anos antes, após convite de um aluno, começou a dar palestras e não parou mais. No Piauí, já foram pelo menos quatro para empresários e empreendedores. "É uma coisa inédita. Eu jamais pensei que iria fazer", revelou. 

"Eu faço revisões para não perder contato com a galera. Mas já dei minha contribuição. E é preciso dar espaço para os mais jovens também", afirmou sobre o ofício de lecionar. 

Fábio Lima
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