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Aguapés diminuem mas poluição não baixou no rio Poti

As chuvas dos últimos dois dias resultaram numa grande diminuição dos aguapés que cobriam o espelho do rio Poti no perímetro urbano de Teresina. Entretanto os ambientalistas alertam que isso se deu pelo aumento da vazão, mas a poluição no curso de água continua elevada. 

Fotos: Carlos Lustosa/cidadeverde.com

O presidente da Fundação Rio Parnaíba (Furpa) e membro do Conselho Regional de Meio Ambiente, Francisco Soares, diz que os poluentes no rio continuam elevados. 


“Por causa das chuvas a água do rio sobe e os aguapés são levados de rodão. Nós podemos perceber que a canarama que tem suas raízes no fundo do rio, não foi arrastada. O que vai resolver esse problema não é termos mais chuvas, mas sim o esgotamento sanitário. Teresina tem apenas 17% de tratamento de esgoto, para despoluir o Poti precisamos chegar a 80 ou 90% de cobertura”, calcula o ambientalista.

Rio Poti antes e depois das chuvas

Poti x Parnaíba

Francisco Soares alerta que uma das explicações para que o rio Poti seja mais afetado pelos aguapés e canaranas do que o Parnaíba é o fato da vazão do Poti ser muito menor. 

“Na época mais seca o Poti tem uma vazão de 150 a 200 metros cúbicos por segundo. Já o Parnaíba quando está em baixa vai de 800 a 1.200 metros cúbicos por segundo. Atualmente o Poti deve estar com 500 metros cúbicos por segundo e o Parnaíba com 1.800”, exemplifica Soares. 



Flash de Carlos Lustosa
Redação Caroline Oliveira
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