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Homem é morto a pauladas pela esposa e duas enteadas

Uma cena de horror marcou a pacata cidade de Curral Novo do Piauí (466km de Teresina) no último sábado (9). Três mulheres estão sendo acusadas de matar a pauladas e golpes de facão o agricultor José Edoniço de Araújo, vulgo Dó, 48 anos, na zona rural do município, localidade Buracão. A esposa e as duas enteadas da vítima tiveram uma espécie de ataque de fúria resultado de anos de agressão e da ameaça de estupro, segundo a polícia. 

O 1º tenente Francisco de Assis Silva, foi um dos primeiros a chegar ao local após o crime e contou ao CidadeVerde.com o cenário do crime. “A cabeça da vítima estava completamente danificada. Havia sangue espalhado por todo lado. Os miolos estavam em todo lugar”, conta. 

As acusadas, Delmira Muriela de Carvalho Gonçalves, 23 anos e Maria de Fátima de Carvalho Gonçalves, 19 anos, foram presas em flagrante e contaram à polícia que Edoniço chegou em casa por volta das 17h30 embriagado e com um facão. “Ele estava com um facão e começou a amolá-lo na pedra dizendo que hoje ele ira conseguir o que ele sempre quis, que era possuir as enteadas sexualmente, de um jeito ou de outro”, conta o militar. 

Ao ver a situação, a mãe das jovens, Libânia Delmira de Carvalho Gonçalves, 45 anos, que vivia com a vítima há pelo menos 14 anos, começou a aconselhar Edoniço, pedindo que ele pensasse em Deus. Da conversa, os ânimos se alteraram e Dó partiu pra cima da esposa com o facão, que foi protegida pelas as filhas. O casal entrou em luta. Embriagado, o agricultor não conseguiu atingir a mulher que pegou um pedaço de pau e atingiu o agricultor na cabeça. 

O tenente conta ainda que atordoado, o lavrador colocou a mão na cabeça e deixou o facão de gume largo utilizado no roçado cair. Uma das enteadas pegou a ferramenta e ao ser acuada, segundo o que contou à polícia, golpeou a mão da vítima, atingindo o dedo mínimo. Em seguida atingiu a vítima na cabeça, que em seguida, caiu no chão. A irmã pegou outro pedaço de pau e começou a golpeá-lo no crânio. Logo depois, a mãe pediu que as duas se afastassem e continuou a série de agressões até finalmente matá-lo e realizou cortes sobre os joelhos. 

O militar conta que tanto as enteadas quanto a esposa reclamam que há anos vinham sofrendo agressões e limitações. “Elas sempre viveram muito presas. Ele não deixava que elas saíssem. As moças não podiam assistir aula na cidade, nem participar de atividades extras do colégio. Elas contam que ele tinha muitos ciúmes e não deixavam elas namorarem”, pontua.

As duas jovens acusadas ficaram no local do crime até a chegada da polícia, que foi acionada por vizinhos. “Elas não avisaram a polícia. Só tomamos ciência do crime depois das 20h. Elas disseram que não conseguiram ligar porque não tinham crédito, mas ficaram ao lado do corpo no quintal. No começo, elas negaram a participação, disseram que foi a mãe que fugiu. Mas eu achei o facão ao lado do corpo e três pedaços de pau, todos sujos de sangue, o que significa que a mãe, sozinha, não conseguiria fazer aquilo. Depois disso, elas admitiram”, diz o tenente De Assis. 

Família
Edoniço e Libânia Delmira viviam com 11 filhos, sendo três enteadas dele (Delmira, Fátima e uma outra jovem de 17 anos) e mais oito filhos com idades de 14 anos até um bebê de colo. Os menores de idade estão em abrigo e estão sendo cuidados pelo Conselho Tutelar de Curral Novo do Piauí.

Tanto Delmira Muriela quanto Fátima estão presas e Libânia Delmira está foragida, mas segundo a família, deve se entregar nos próximos dias. O crime está sendo investigado pela Delegacia Regional de Simões, cujo titular é o delegado regional de Simões, Ferdinando Martins. 


Carlos Lustosa Filho
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