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Estragos de meteoro são consertados

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Um dia depois da queda de um meteoro na região de Cheliabinsk, na Rússia, nesta sexta-feira (15), o governo local iniciou no sábado (16) uma grande operação para consertar os estragos provocados pelo fenômeno.

Cerca de 20 mil pessoas foram mobilizadas no país para participar da limpeza e também do atendimento aos feridos, que ainda neste sábado permaneciam sob observação médica.


Caso de Alexander Babin, que foi atingido por estilhaços de vidro e segue internado no Hospital Regional de Cheliabinsk, que fica a cerca de 1.500 km de Moscou.

Último dado divulgado pelo Ministério do Interior russo aponta que ao menos mil pessoas tiveram ferimentos devido aos estilhaços de vidro, que se quebraram com a aparição da bola de fogo no céu. Deste total, 200 seriam crianças.

Governo pede calma
De acordo com a rede de notícias norte-americana “CNN”, a cidade de Cheliabinsk está funcionando normalmente, apesar dos reparos que ocorrem em diversos locais. No oeste do município, um lago congelado foi fechado pelas autoridades pois acredita-se que haja fragmentos do corpo celeste por ali.

O Ministério de Emergências russo pediu calma à população, argumentando que os níveis de radiação na região estavam normais após a "chuva de meteoros na forma de bolas de fogo".
De acordo com a Academia de Ciências da Rússia, o meteoro pesaria cerca de dez toneladas e seria constituído de ferro. Ao entrar na atmosfera terrestre, se pulverizou entre 30 e 50 quilômetros de altitude.

Em entrevista à agência "Associated Press", a cientista Amy Mainzer, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da agência espacial americana Nasa dissse que, embora o meteoro tenha se desintegrado na atmosfera antes de tocar o solo, sua potência equivaleria 20 vezes à força da bomba atômica que atingiu Hiroshima, durante a 2ª Guerra Mundial. A atmosfera absorveu a grande maioria desta energia, aponta ela.

Susto
Relatórios iniciais afirmaram que uma parte do meteoro caiu a 80 km da cidade de Satki, que fica 100 km ao oeste do centro regional, mas isso não foi confirmado oficialmente. "Este meteoro foi um objeto bastante grande com uma massa de várias dúzias de toneladas", calculou o astrônomo russo Serguei Smirnov, do Observatório Pulkovo, em entrevista ao canal Russia 24.

O trânsito pela manhã foi detido subitamente em Cheliabinsk, que fica nos Montes Urais, enquanto o meteoro queimava parcialmente em sua queda ao ingressar na camada inferior da atmosfera sobre a cidade, iluminando o céu, segundo imagens exibidas pela televisão.

Moradores que estavam a caminho do trabalho ouviram um barulho que parecia ser de uma explosão, viram uma luz forte e sentiram uma onda de tremor. O objeto atravessou o horizonte, deixando um longo rastro branco em seu caminho que podia ser visto a até 200 quilômetros de distância, em Yekaterinburgo. Alarmes de carros soaram, janelas quebraram e telefones celulares tiveram o funcionamento afetado pelo incidente.

O governador regional de Chelyabinsk disse que a chuva de meteoros causou danos superiores a US$ 30 milhões e, de acordo com o Ministério das Emergências, cerca de 300 edifícios foram afetados.

Sem mortes
Não foram relatadas mortes em consequência do meteoro, mas o presidente Vladimir Putin, que nesta sexta recebe ministros da Fazenda dos países do G20, e o primeiro-ministro Dmitry Medvedev, foram notificados sobre os acontecimentos.

Ainda na tarde desta sexta, a Nasa divulgou nota afirmando que não há relação entre o meteoro que caiu na Rússia e o asteroide 2012 DA14, que passou perto da terra nesta tarde. Segundo os cientistas americanos, as análises do meteoro ainda são preliminares, mas o sentido em que ocorreu a queda é oposto ao da viagem do asteroide: os vídeos do meteoro mostram ele passando da esquerda para a direita do sol nascente, o que significa que voava do norte para o sul.

Alguns veículos da imprensa chegaram a informar que uma chuva de meteoritos teria caído sobre os Urais.

Meteoro ou meteorito?
Quando um corpo rochoso vem do espaço e entra na atmosfera, ele é inicialmente chamado pelos astrônomos de meteoro. Caso ele atinja o solo, em vez de se desfazer em atrito com a atmosfera, ele passa a ser classificado de "meteorito", conforme explica o astrônomo Cássio Barbosa, colunista do G1.

O objeto foi inicialmente noticiado como sendo um meteorito, em agências internacionais e no G1. Como ainda não há comprovação de que pedaços tenham sido encontrados no solo, o G1 passou a adotar a palavra meteoro.


Fonte: G1
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