Um tapete verde voltou a aparecer no rio Poti e para evitar maiores danos, o Ministério Público Federal pediu  a intervenção imediata das secretarias municipal e Estadual de Meio Ambiente e da Agespisa, para a retirada completa dos aguapés e canaranas que tomam conta do local.

Segundo o Procurador da República, Kelston Lages, a Agespisa e as secretarias, não cumpriram o Termo de Ajuste de Conduta, que determinava a ampliação de 17% para 52%, a cobertura de saneamento básico da capital.

O cumprimento do pedido, está sujeito à multa diária. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente se pronunciou em entrevista ao Jornal do Piauí, afirmando que não há condições de cumprir as exigências rapidamente.

"Imediatamente não temos um plano de ação, vamos esperar chegar a recomendação e avaliar se no local pode haver essa limpeza. As máquinas são grandes e ainda não sabemos se elas são adequadas para a remoção das canaranas. É complicado no primeiro momento", afirmou o secretário executivo da secretaria, Dionísio Neto.

Segundo o gestor, a secretaria ainda não recebeu um comunicado oficial, mas já está estudando os meios necessários para dar cumprimento o mais rápido possível, ao Termo de Ajuste de Conduta."Não tiramos nossa responsabilidade, mas a Agespisa deve ampliar logo o saneamento", completou o gestor.

O procurador federal, aponta que há "inércia" por parte dos gestores e acrescenta que apesar do tempo determinado para o cumprimento do termo e das prorrogações, o problema não foi solucionado. "Nada foi feito. Apesar dos prazos que nós demos. Nada foi feito", enfatizou o procurador.

Em nota, a agespisa informou que não foi comunicada oficialmente do pedido, e ressalta que o único pono do TAC que não foi cumprido foi a ampliação da rede de esgotamento dos 17% para 52%, e que estaria abrindo licitações para a realização do serviço.

Rayldo Pereira