A Câmara Federal realizou o II Seminário pelo Dia Mundial do Rim com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a prevenção da Doença Renal Crônica (DRC). O encontro reuniu mais de 15 entidades relacionados ao assunto, entre elas a Rim Viver e a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante.

A iniciativa foi proposta pelo deputado federal Jesus Rodrigues (PT), autor do Projeto de Lei 1178/2011, que reconhece, para todos os fins de direito, os renais crônicos como pessoas com deficiência. Com a aprovação do projeto, os pacientes renais terão direito a prioridade no atendimento médico, cotas nas vagas de emprego, passe livre etc.

Estima-se que mais de 10 milhões de brasileiros sejam vítimas de doenças renais crônicas. “Precisamos chamar atenção para o problema e alertar a população que é possível evitar o desenvolvimento da doença com medidas simples. Além disso, trabalhar políticas públicas que minimizem o sofrimento dos pacientes”, pontuou Jesus Rodrigues.

O fim das mortes por falta de vagas de diálise, política nacional de prevenção da DRC, política clara de aposentadoria dos pacientes em diálise e transplantados e transporte digno dos que necessitam ir às clinicas de diálise foram alguns dos assuntos debatidos. O evento também colocou em discussão o acesso ao transplante renal em todas as regiões do Brasil e a participação dos usuários nas câmaras técnicas do Ministério da Saúde, dos Estados e Municípios.

O Seminário contou com palestra do presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), Hélio Vida Cassi; do chefe responsável técnico do serviço de diálise e transplante renal da ABCDT, Paulo Luconi; e Rogério Albuquerque, que representou o ministro Garibaldi Alves, do Ministério da Previdência Social. Também fizeram parte da mesa, a fundadora da RimViver, Isoldi Chies;  e o conselheiro do Conselho Nacional de Saúde, Renato Padilha.

"O Brasil se mobiliza e temos que comemorar. Vamos sair daqui motivados para buscar outros renais. Seremos os porta-vozes para levar a situação atual dos pacientes para o mundo", afirmou Isoldi Chies.