Associação dos Bombeiros Militares do Piauí denunciou ao Ministério Público do Piauí a liberação do estádio Albertão para o jogo entre Flamengo (PI) e Santos (SP), marcado para o dia 10, pela Copa do Brasil. Defendendo que especialistas optaram pela não liberação (veja documento abaixo), a entidade pede que a realização da partida seja impedida.

A queixa foi protocolada nesta terça-feira (2) pelo subtenente Francisco Carlos da Cruz, presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Piauí. De posse de documentos, ele reafirma informação já divulgada pela TV Cidade Verde de que a liberação foi reprovada por uma comissão de quatro engenheiros da corporação. Porém, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Manoel Santos, decidiu conceder um laudo provisório de 30 dias, confiando em garantias de que o Governo do Estado faria as intervenções necessárias até o dia do jogo.

"Se não forem conferidas as condições de segurança, o Albertão hoje não dispõe de condições de segurança para poder fazer a realização do jogo", afirma o presidente da associação, que faz outro alerta: a comissão de engenheiros não liberou o laudo por entender que faltava tempo para que as mudanças fossem realizadas.

"Não foi apresentado a anotação de responsabilidade técnica e também existe incompatibilidade entre o cronograma de execução, o orçamento geral apresentado e a data de realização do jogo. Em outras palavras, eles (engenheiros) entenderam que não haveria tempo hábil para fazer os ajustes da situação de insegurança do estádio", acrescentou o subtenente.

Outra denúncia é de que o laudo de vistoria apresentou divergências para o cronograma de execução apresentado, fazendo a comissão indeferir o pedido de laudo provisório.

A promotora Denise Aguiar recebeu a denúncia, que será encaminhada ao Procon. Com a proximidade da partida e a venda de ingressos já anunciada, o Ministério Público terá pouco tempo para decidir se ingressa com ação para impedir a realização do jogo.

O Cidadeverde.com teve acesso à ata da comissão de engenheiros citada pela associação O documento votou pelo indeferimento do atestado de laudo provisório. O parecer foi unânime. Entre os argumentos, alega que o projeto foi apresentado somente no dia 25 de março e as pendências já descritas nesta reportagem.