Fiscais do Instituto de Metrologia do Piauí participaram de uma reunião na Associação dos Oleiros do bairro Poty Velho. O objetivo do encontro foi discutir a fabricação de tijolos ecológicos no polo cerâmico localizado na zona norte de Teresina. 

Entre os participantes estavam oleiros, o presidente da associação Luís Felipe da Costa, representantes da Semest (Secretaria Municipal da Economia Solidária de Teresina), Fundação Wall Ferraz, Obra Kolping e Imepi.

Raimundo João, coordenador da Obra Kolping, destacou a importância do tijolo ecológico, que é feito de barro comum e pode ter 30% de material orgânico e cimento para dar mais resistência. 

Segundo ele, o barro de Teresina tem a textura ideal para a produção desse tipo de tijolo, que em todos os testes realizados provou ser mais resistente que o convencional, sem falar no ganho de tempo e dinheiro. Além disso, não polui o ambiente, é mais leve, mais frio e pode ser fabricado em pequenos espaços.

Para o sub-secretário da Semest, Luiz Gonzaga, a participação do Imepi/Inmetro vai agregar valor para o consumidor que deseja qualidade. “A certificação do produto é um trabalho fundamental”, afirmou.

A fiscal do Imepi Maria José Silva esclareceu que a certificação de tijolos é voluntária, mas destacou sua importância como garantia de que o consumidor não seja lesado. 

“Alguns materiais de construção e elétricos, cuja certificação é obrigatória, sofrem constante fiscalização do Imepi em Teresina e no interior do Estado. Além da segurança, o selo do Inmetro, presente nos mais diversos tipos de produtos, faz com que o fabricante ganhe mercado pela confiança atribuída a essa certificação. No caso das associações e cooperativas, uma parceria com órgãos como Senac, prefeituras, etc, pode diminuir os custos com aquisição de máquinas para fabricação dess tijolo, por exemplo”, afirmou.

O diretor geral do Imepi Messias Júnior resaltou a importância da fabricação e certificação do tijolo ecológico: "a comercialização desse produto, além de fortalecer a economia, vai impulsionar o comércio e melhorar a vida de várias famílias da zona norte de Teresina".

O projeto prevê cursos de capacitação e qualificação oferecidos pela Obra Kolping e Fundação Wall Ferraz, além de parcerias para investimentos em máquinas que poderão produzir até 1.200 tijolos por dia.