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Sinpolpi diz que homicídios dolosos cresceram 40% em um mês

O Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Piauí (Sinpolpi) afirma que contabilizou, no último mês de abril, 44 pessoas assassinadas a golpes de faca, disparos de armas de fogo ou outros instrumentos. Em números absolutos, abril registrou 13 homicídios a mais do que o mês de março (31). 


O Sinpolpi diz que como registrado em algumas pesquisas anteriores, o interior e o litoral tiveram mais crimes do que a capital: 25 casos contra 19 em Teresina. 

Como a metodologia utilizada pelo Sindicato é baseada nas notícias veiculadas pelos meios de comunicação, o presidente do Sinpolpi Cristiano Ribeiro crê que o número de homicídios na capital possa ser maior. “Há cerca de três meses a Delegacia Geral de Polícia baixou uma portaria proibindo os funcionários do IML de Teresina a fornecer informações sobre a entrada de corpos naquele órgão aos repórteres que cobrem a editoria de Polícia dos meios de comunicações”, reclama.


Segundo o levantamento, a cidade mais violenta do interior foi Miguel Alves onde um assalto a banco resultou na morte de quatro pessoas, sendo uma delas o gerente da instituição financeira e três acusados de praticarem o assalto.

Mais da metade dos assassinatos (24) foram praticados com armas de fogo; 15 aconteceram com a arma branca (faca, facão, foice ou punhal), sendo o instrumento do crime e em sete casos as vítimas foram mortas por outros instrumentos, como pedaços de pau. A diferença entre o número de crimes e o de armas se deve ao fato de que alguns delitos foram praticados com mais de um instrumento.

A pesquisa também mostrou que mais de um terço das vítimas já tinham passagens ou eram procuradas pela Polícia por práticas de delitos. Em sete casos as vítimas eram detentos ou ex-detentos e em cinco, as ocupações delas nas matérias publicadas apontavam como traficantes ou assaltantes. Esse número poderá ser ainda maior se for levado em consideração que em seis dos 44 casos registrados, não foi possível descobrir a ocupação das vítimas.

Para Cristiano Ribeiro, os números refletem a falta de compromisso do Governo do Estado para com a segurança do cidadão piauiense. O sindicalista lembra que em recentes viagens a municípios como Parnaíba e Pedro II, ficou constatado que falta estrutura para os policias desempenharem as suas funções constitucionais.


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