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Autoridades debatem sobre mortes em prisões:culpa é da superlotação

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O Jornal do Piauí promoveu nesta sexta-feira (17) um debate com autoridades sobre as mortes registradas em todo o sistema prisional do Estado nos últimos anos. As estatísticas mostram que nos últimos 25 dias foram quatro mortes.


“Temos dificuldades com as estruturas dos presídios. Elas acabam sem utilizadas como armas. A violência ocorre as rixas que são adquiridas durante a vida e lá dentro elas se intensificam. As crises de abstinência das drogas também auxiliam”, disse Rosangela Queiroz, representante da Secretaria Estadual de Justiça.

Clotilde Carvalho foi a representante do Ministério Público. Ela defendeu que as mortes são de inteira responsabilidade do Estado. A instituição deve responder pela custódia, pela vida e pela ressocialização dos internos. 

Clotildes Carvalho.

“Mas isso tem falhado. No sistema prisional entram muitas drogas. O sistema prisional não recupera os presos. Eles não estão lá para se socializar. Saem pior do que entram”, avalia a promotora de Justiça.

O representante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Piauí, avalia que os problemas são iniciados com a superlotação do sistema prisional do Piauí.


“Devido tanta gente é impossível evitar que um preso consiga ter contato com um desafeto nas prisões. A solução seria a construção de novas unidades prisionais em todo o Estado”, explica André Edilson.

A opinião foi divida pelo presidente do Sindicato Dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Vilobaldo Alves. “São ocorrências constantes de presos sendo mortos e sendo obrigado matar. Há uma verdadeira guerra lá dentro”, opinou.
 
Rosangela Queiroz.

Lívio Galeno
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