Atualizada às 9h09
Após três horas de espera, os ônibus de linha começaram a sair das garagens por volta das 7h30. Na empresa Transcol, 40 veículos entraram em circulação. Na aviação Santana, localizada na Tabuleta, os coletivos só puderam sair às 8h20. 

A greve dos cobradores e motoristas de ônibus, deflagrada às 0h desta segunda-feira (20) prejudica a cerca de 270 mil usuários por dia. 

Entretanto, há trabalhadores que não aderiram ao movimento mas, segundo os empresários, estão sendo impedidos de saírem das garagens por parte do Sindicato dos Rodoviários (Sintetro). O proprietário da Transcol, Edmilson Carvalho, diz que chegou à sede da empresa às 4h de hoje e os sindicalistas já estavam lá. "Eles estavam fazendo piquete não permitindo que os ônibus saíssem. A proposta foi boa. Meus funcionários querem sair, mas o Sindicato, no nome do senhor Zé Esmerindo, não permite que os veículos saiam”, reclamou. 

Segundo ele apenas três coletivos foram liberados, o primeiro deles às 8h. Há 150 ônibus está presa na garagem da empresa, onde trabalham aproximadamente 800 funcionários. 

Nem mesmo 30% dos 470 ônibus de Teresina estão circulando no início da manhã desta segunda-feira (20). As paradas estão lotadas e a população conta apenas com os veículos cadastrados pela Superintendência de Transporte e Trânsito (Strans).

A TV Cidade Verde constatou que as empresas de ônibus coletivos estão com os portões fechados e os motoristas e cobradores tentam impedir a saída da frota. A Strans promete acionar a polícia para garantir a saída parcial da frota. Na avenida Frei Serafim, Centro de Teresina, a população espera por mais de meia hora na parada sem passar sequer um ônibus. 

Até esta manhã, a Strans havia cadastrado 154 vans e ônibus, número inferior ao que deve sair das ruas em função da greve. A Prefeitura de Teresina continua a cadastrar veículos hoje, em horário comercial, e deve colocá-los na rua imediatamente, se preenchidos os requisitos necessários. 

A Strans exige que os veículos alternativos sejam caracterizados, licenciados, e estejam em dia com todos os itens de segurança. Além disso, o motorista precisa estar regularmente habilitado. A integração e não funcionará durante a greve e a meia passagem será paga somente em dinheiro.