O titular do 11º DP, delegado Willon Gomes, está ouvindo os médicos que estavam no plantão no Hospital Municipal do Satélite, no dia em que a garota Luana Mesquita dos Anjos, 8 anos, faleceu após recebido soro glicosado. A criança tinha diabetes e na hora que os médicos tentaram reanimá-la faltou energia.

Dois pediatras, Ana Maria Carvalho Fontenele e João Francisco de Macedo, que trataram a criança foram ouvidos na quarta-feira(19) e hoje mais dois médicos vão prestar depoimento, os clínicos Vitor Tadeu Leal Silva e Bismark Andrade Coelho de Sá. 

Segundo o delegado, os dois pediatras afirmaram que o soro glicosado foi aplicado na criança chegou com o quadro de vômitos e desidratação. 

“Segundo eles, esse é o tratamento para qualquer pessoa que chegue com esse quadro, que é administração de soro, o que precisamos saber é se era necessário ter feito o teste da glicemia. A família afirma que houve negligência, se for comprovado eles poderão ser indiciados por homicídio culposo”, destacou Willon Gomes. 

Após o óbito, a família não permitiu que fosse feita a autopsia no corpo da criança, o que atrasou as investigações. “Eu vou solicitar a exumação do corpo, resta saber se o juiz vai autorizar. Também pretendo chamar alguém do Conselho Regional de Medicina (CRM) para confirmar se esse era o procedimento correto”, afirmou o delegado, que ainda pretende esclarecer a causa da morte, já que no laudo consta que foi diabetes tipo 1.