A ex-ministra Marina Silva afirmou que vem sofrendo "arapongagem" por parte do governo e considerou a lei dos novos partidos como casuística. A ativista afirmou que o governo teme a criação da Rede Sustentabilidade.
Fotos: Evelin Santos / Cidadeverde.com
Marina está em Teresina coletando assinaturas para o novo partido. À tarde haverá uma reunião interna com simpatizantes e às 19h, ela ministrará palestra no Cine Tetro da Universidade Federal do Piauí.
Em coletiva de imprensa na manhã de hoje (20), no Hotel Palácio do Rio, a ex-ministra disse que lançará um partido novo, diferente, seguindo o modelo de sustentabilidade. Um dos pontos defendidos é o limite máximo de dois mandatos, financiamento popular de campanhas e candidaturas de pessoas independentes de siglas.
Marina ressaltou que a Rede Sustentabilidade não tem dono. "Eu não sou a dona. Pregamos a ética na política e respeito à diversidade". Após a coletiva, ela seguiu para o Encontro dos Rios, no bairro Poti Velho, onde conversou com os moradores da região.
Onda de protesto
A ex-ministra considera que a onda de protestos no Brasil é um novo ativismo, não mais dirigido por sindicatos, nem partidos políticos ou movimentos estudantis. Para ela, é um ativismo autoral, cuja mobilização inicial foi feita nas redes sociais, sem líderes.
Marina acredita que as manifestações irão interferir nas eleições de 2014. "São pessoas que estão se reconectando com a política", avaliou.
Investigação
A ativista afirma ainda que existe uma ação forte do governo para evitar a criação da Rede Sustentabilidade e que vem sendo monitorada pelo governo. Ela caracteriza a ação como "arapongagem". Mariana também criticou a lei de propaganda eleitoral.
"É uma lei casuísta, para tirar 35 segundos do nosso partido na TV. Enquanto Dilma tem 14 minutos e o PSDB tem 10 minutos, estão fazendo uma operação de guerra para nos tirar 35 segundos. E agora nosso tempo caiu para 11 segundos. Não dá nem para dizer 'Meu nome é Eneas'", destacou.
Flash de Yala Sena
Redação de Jordana Cury