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Bazar de produtos apreendidos cobra entrada; população critica

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Um bazar beneficente que acontece neste sábado (22) no bairro Anita Ferraz causou uma certa indignação nas pessoas que tentaram participar. Os populares reclamam da cobrança de uma entrada de R$ 5, do limite para compra e da longa fila. Os produtos vendidos foram apreendidos pela Receita Federal e todo o dinheiro deve ser revertido para a Fundação Padre Antonio Dantes Civiero. 

Fotos: Geísa Chaves/Cidadeverde.com

A micro empresária Ligia Costa diz que chegou ao local às 6h e até por volta das 9h30 não havia conseguido entrar. “Eu peguei a senha 13. Acho errado cobrarem entrada e esse limite de compra de mil reais. Aqui está todo mundo na fila no sol e ninguém da organização aparece pra dizer nada”, critica. 


A dona de casa Maria Helena da Silva, de 47 anos, estava no local com o sobrinho de 1 ano e 3 meses, Wenzo. “A gente se sente envergonhada de estar numa situação dessas em que temos que ficar numa fila com uma criança de colo no meio do sol, sem ter nem ao menos onde se refugiar”, critica. 


Um aviso foi colocado na frente da igreja onde o bazar está sendo realizado. Nele está a descrição de que os produtos foram apreendidos pela Receita Federal e doados para a Igreja e que toda a arrecadação será revertida exclusivamente para a Fundação. 


A coordenadora do bazar, Gardênia Damásio, 60 anos, explica que o principal intuito de se cobrar a taxa neste quinto ano do Bazar Solidário é porque nas demais edições houve problemas ocasionados por populares. “Muitas pessoas não queriam comprar, apenas passear e saquear. Outros organizadores de bazar nos deram a ideia de cobrar a taxa porque só entraria realmente quem quisessem ajudar e participar. Ouvimos a reclamação de uma minoria pela manhã. Acontece também que tem gente que compra a senha e não entrega, sai e quer voltar com um número que já passou”, justificou. 


Os produtos vendidos no bazar vão de brinquedos a roupas e eletroeletrônicos e têm preço que vai de R$ 1 a R$ 600 (videogueimes). O valor máximo que pode ser gasto é R$ 1 mil. Segundo ela, todo o dinheiro será revertido a projetos voltados para educação, assistência social e agricultura nos bairros e localidades Anita Ferraz, Socopo, Soinho, Baixão do Carlos e Pedra Mole. 






Flash de Geísa Chaves
Redação Carlos Lustosa Filho
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