O presidente da Fundação Municipal de Saúde, Luiz Lobão, anunciou a implementação de uma ficha de acolhimento que visa diminuir riscos da gravidez. Atualmente, segundo o gestor, de 6 a 8% das gestantes apresentam gravidez de risco, mas com a medida a tendência é que esse número diminua.

Dos dias 24 a 28 de junho, médicos, enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) e apoiadores institucionais receberão instruções sobre a ficha e seu manuseio. Por meio dela, o profissional poderá executar um acompanhamento mais humanizado da gestante e referenciá-la corretamente: em caso de gravidez de alto risco, ela será encaminhada para a Maternidade Evangelina Rosa; nos casos em que não se verifica complicações, ela será atendida nas maternidades municipais. 

"No nível de 1 a 3 consideramos baixo risco. De 4 a 7, médio risco. Acima de 7 é alto. A gravidez de alto risco são aquelas associadas a patologias como hipertensão arterial, diabetes, lúpus, desnutrição e hipertireoidismo, por exemplo", explicou Lobão.

O projeto é executado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, Fundação Hospitalar de Teresina e Secretaria Estadual de Saúde. Segundo dados da Maternidade Evangelina Rosa, o Piauí registra uma média de 90 mortes de gestantes a cada 100 mil bebês nascidos vivos. Só no ano passado, foram 28 óbitos maternos naquele hospital, entre teresinenses e mulheres vindas do interior do estado. “Esta taxa pode ser reduzida se o acompanhamento for realizado desde o início da gravidez. Por este motivo, a atenção básica deve operar ativamente para dar maior resolutividade ao serviço”, pondera Luiz Lobão.