Cidadeverde.com

Agespisa quer achar poluidor de rio; empresa se defende

Imprimir
A Agespisa está acionando o Ibama, as secretarias estadual e municipal de Meio Ambiente e o Ministério Público para ajudar a identificar o que está ocasionando o aumento de algas no rio Parnaíba. O crescimento destes seres vivos faz com que seja necessário aplicar uma quantidade maior de cloro durante o tratamento da água, deixando cheiro no líquido. A suspeita é de que uma indústria esteja despejando resíduos não tratados no curso de água e ocasionando a proliferação das algas. 


Segundo o engenheiro da Agespisa, Florentino Filho, na terça-feira (2) ao meio dia e da 0h às 4h de hoje a captação de água do rio teve de ser interrompida devido à sua má qualidade. “Para evitar a supercloração, que tanto incomoda o consumidor, foi suspenso o abastecimento. Isso acaba provocando a falta d’água nas partes mais altas da cidade”, explica. 

Florentino diz que uma análise do cheiro da água revela características de produtos utilizados na produção de cerveja. “Não sabemos o produto específico, mas o odor e o sabor levam a crer que seja cevada e malte”, pontua. O engenheiro informa que em 2002 houve dois vazamentos na estação de tratamento da empresa Antarctica, atual Ambev, que possui uma indústria em Teresina. No ano passado, novamente o mesmo produto foi encontrado.

“No dia 25 (de junho), ontem e anteontem foi encontrado esse mal cheiro novamente. Não estou acusando a Ambev, mas as características são semelhantes ao que já aconteceu. É preciso encontrar a fonte desta poluição”, descreve. 

A Agespisa marcou para amanhã uma reunião com as secretarias de Meio Ambiente e pede mais fiscalização por parte do poder público a fim de evitar a captação de água e, consequentemente, o abastecimento dos consumidores. 

A Ambev divulgou uma nota sobre o caso:
"A companhia afirma que já entregou aos órgãos competentes os laudos técnicos referentes à sua Estação de Tratamento de Efluentes e não foi identificada qualquer falha. Todo o procedimento de lançamento de efluentes está de acordo com a legislação. A empresa preza pela conservação do meio ambiente e atua sempre de forma responsável".


Carlos Lustosa Filho
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais