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Fernanda Lages: Caso volta para a Polícia e MPE pede nova autópsia

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Os promotores Ubiraci Rocha e o Eliardo Cabral realizam uma coletiva de imprensa sobre o afastamento dos dois do caso que investiga a morte da estudante Fernanda Lages, no dia 25 de agosto de 2011. 

Eles fazem uma apresentação dos argumentos dos quais os levaram a deixar o caso e deram detalhes do que souberam sobre as investigações da Polícia Federal do caso. 

Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com

Dois motivos levaram os promotores a deixarem o caso, segundo o promotor Ubiraci Rocha: a falta de estrutura para analisar os mais de seis mil páginas do inquérito da Polícia Federal e as acusações da Corregedoria do Ministério Público de que os promotores estão sendo acusados de desidiar do próprio trabalho. 


Porém antes de se afastar vão pedir duas diligências à Polícia Civil: uma autópsia psicológica para saber de Fernanda Lages tinha tendências suicidas e a segunda seria a identificação do homem que estava com Fernanda e a amiga Nayra Veloso, na frente da obra, uma hora antes da estudante de Direito ter sido encontrada morta, no mesmo local. 


“Nós fomos acusados pela nossa própria instituição de sermos desidiosos, por isso nós estamos psicologicamente abalados e não voltaríamos ao caso, caso nosso pedido não seja aceito, porque seria como obrigar um homem traído a continuar com a sua mulher”, declarou o promotor Ubiraci Rocha, ao ser questionado se voltaria a trabalhar no caso.

Ele disse ainda que conversou com familiares da estudante Fernanda Lages e que a família entendeu a posição da saída. “A família nos disse que sentia muito nossa saída, pois colocava em profissionais como nós, as suas últimas esperanças”, destacou Rocha. 

A decisão de requisitar a autópsia e a identificação do homem é uma manifestação dos promotores de reiterar a tese de homicídio. 


Delegado

Ubiraci Rocha conta que o relacionamento dos promotores com a Polícia Federal foi distante e que o primeiro delegado que assumiu o caso, Alberto, tinha deixado claro que não queria proximidade com o Ministério Público. 

“Entendemos bem o recado do delegado Alberto: que policia era policia, Ministério Público era Ministério Público e que justiça era justiça e que aquilo era trabalho da polícia e não do ministério público. Juntando isso e o trabalho que tínhamos no ministério acabou que se distanciaram da PF. Entretanto, quando o segundo delegado assumiu o caso, as relações melhoraram”, afirmou o promotor sobre o delegado Freitas. 

No dia 26 de março do ano passado o delegado conversou com ele. 

Flash de Carlos Lustosa e Tiago Melo 
Redação de Caroline Oliveira 
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