Marisa Orth viu a fama bater em sua porta há 23 anos, quando roubou a cena como a Tancinha de "Rainha da Sucata". Na trama escrita por Silvio de Abreu, exibida em 1990, a atriz contracenava com Antônio Fagundes e Claudia Raia.

Mais de duas décadas depois e com vários sucessos em seu currículo, Marisa ainda não se acostumou com o fato de ser uma pessoa pública.

"Ser famoso é chato, ruim. Ser artista é bom. Eu gosto de ser reconhecida, mas para gostar de ser famoso é preciso ser muito grosseiro. Não dá para mim", contou ao Famosidades.

A estrela está de volta às novelas após sete anos longe dos folhetins. Em "Sangue Bom", ela interpreta Damáris, que faz todo tipo de loucura para reconquistar o ex-marido. Marisa considera o papel um dos mais difíceis de sua carreira.

"Ela é psicótica. A Maria Adelaide a escreveu especialmente para mim. E ela é muito louca. É uma espingarda de um tiro só. Ela é over. Então, a gente espera que caia no gosto do público e que seja inacreditável e faça as pessoas rirem. Se não, vira um tiro na água. Porque não tem meio caminho. Não dá para voltar."

Com apenas cinco novelas em sua jornada profissional, a veterana participou mais de humorísticos do que do que folhetins. No total, foram seis seriados em que ela bateu ponto nos últimos 17 anos.

"Não fazer novelas não foi uma opção minha. Acho que a vida me levou para isso. Eu tenho filho pequeno, fiz questão de criá-lo, moro em São Paulo. Na verdade, o 'Sai de Baixo' me criou essa situação de estar sempre na linha de show. Conciliar esses trabalhos com o teatro é tão pesado, que acho fazer novela bem mais regular."

Ao contrário da maioria do atores, Marisa não considera um sacrifício gravar um folhetim durante nove meses. Para ela, fazer parte de um espetáculo teatral é muito pior. "A rotina do Addams foi f#$@. Fazer teatro é muito sacrificante. Você não tem fim de semana. Todos os nossos trabalhos são assim."

A estrela ressaltou que fazer cinema também tem suas desvantagens. "Quando você entra em um filme, você fica dois meses sem ver a cara de ninguém. Tudo depende. Se a novela for escrita com bastante antecedência, se ela for aceita pelo público ou se a produção se encaixar, dá para levar sem traumas, não tem estresse."