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Dólar fecha em alta, a R$ 2,26, após sinais de fragilidade da economia

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O dólar fechou em alta em relação ao real nesta sexta-feira diante de mais sinais de fragilidade da economia brasileira, que podem assustar os investidores estrangeiros e levá-los a retirarem seus recursos do mercado local. A moeda americana avançou 0,35%, para R$ 2,2670 na venda. Segundo dados da BM&F, o volume ficou em torno de US$ 1,4 bilhão.


Pesou também o movimento de valorização da divisa dos Estados Unidos no mercado externo, onde as preocupações sobre o programa de estímulos do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, foram renovadas.

"O mercado está confortável com esse patamar. O problema é que o fluxo está negativo porque não tem nenhum atrativo para chamar investimento de médio e longo prazo para o Brasil", afirmou o especialista em câmbio da Icap Corretora, Ítalo dos Santos.

O dólar registrou leves altas desde a abertura dos negócios neste pregão, que não contou com atuação do Banco Central. Os investidores se assustaram com a contração em maio do Índice de Atividade do BC (IBC-Br) - considerado espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas) - de 1,4%, a maior mensal desde o final de 2008 e pressionado pela fraqueza da produção industrial.

O resultado foi bem pior do que a mediana das 17 projeções de analistas consultados pela Reuters, que apontava para queda mensal de 0,90% em maio. Segundo o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, os fluxos de ingresso de dólares estão escassos e pontuais, prevalecendo movimentos de saída da moeda estrangeira. "No curto prazo, não tem nenhuma possibilidade de esse dólar voltar para R$ 2,15", emendou.

Na noite de quinta-feira, o BC retirou uma exigência de capital em empréstimos no exterior feitos por instituições financeiras do mesmo grupo para facilitar a entrada de recursos estrangeiros no País. No entanto, a medida não surtiu efeito no dia seguinte, com o dólar subindo ante o real.

Fonte: Terra
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