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Negociação volta à estaca zero e policiais civis reforçam movimento

Iniciado em abril, o movimento Polícia Legal, dos policiais civis do Piauí, parecia estar próximo do fim. Porém, nesta quarta-feira (24), a categoria afirmou que as negociações com o Governo do Estado voltaram à estaca zero. O acordo salarial que agentes e escrivães chegaram a aprovar em assembleia foi desfeito, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi). A tendência agora é de acirramento das atividades. 

Evelin Santos/Cidadeverde.com
Cristiano Ribeiro, presidente do Sinpolpi

Ao invés de greve, os policiais resolveram cruzar os braços em casos de ilegalidade profissional, como circular em viaturas com documentação vencida ou registrar boletins de ocorrência sem a presença do delegado. Entre as reivindicações da categoria, além de melhor estrutura de trabalho, está a equiparação com os salários dos delegados, cuja distorção chegaria a 370%, de acordo com o Sinpolpi.

Cristiano Ribeiro, presidente do Sinpolpi, conta que a categoria se reuniu na semana passada com os deputados estaduais Antônio Félix (PSD), Mardem Menezes (PSDB) e Ismar Marques (PSB), além do secretário de Administração, Paulo Ivan da Silva Santos. Segundo o sindicalista, o acordo chegou a ser firmado. 

Os policiais queriam passar a ganhar 60% do que recebe um delegado. Reduziram esse percentual para 40% escalonado em três anos. A categoria chegou a aprovar a proposta em assembleia e esperava apenas um sinal positivo do Palácio de Karnak. 

Nesta quarta-feira, o Sindicato recebeu uma proposta de 90% de aumento em cima do atual salário, ao invés da equiparação com o salário do delegado. 

"Essa proposta já foi duas vezes rejeitada pela categoria", diz Cristiano Ribeiro, que já se reúne com policiais para discutir novas ações. "O movimento Polícia Legal vai continuar e agora mais forte. Vamos fortalecer mais, fazer manifestações, mostrar as mazelas da Polícia Civil do Piauí".

Além de passeatas, os policiais querem uma audiência pública na Assembleia Legislativa. Se a situação não avançar, a categoria vai cobrar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os motivos do que consideram sucateamento da Polícia Civil. 

Fábio Lima
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