Após uma mulher ser flagrada escondendo um celular nas partes íntimas durante a visita de ontem, o capitão Dênio Marinho explicou como são feitas as vistorias nos familiares dos presos. 

"Depois de passar pelo detector de metais, a visita ainda entra em uma sala e tira toda a roupa. Foi nesse momento que a visitante foi flagrada ontem. É um sistema minucioso, mas infelizmente algumas pessoas ainda conseguem burlar a administração e entrar com aparelhos dentro do corpo. Identificamos que eles colocam uma borracha e uma fita especial para conseguir passar pelo detector", detalhou o diretor da Custódia.

Carla da Silva Oliveira, 22 anos, carregava um celular com bateria e chip na genitália. O capitão acrescentou que o ato é considerado crime. "Mas, está no rol de crimes de menor potencial ofensivo, por isso é feito apenas um Termo Circunstanciado de Ocorrência [TCO]", lamentou.

Por dia, cerca de 150 visitantes entram na Casa de Custódia. Marinho enfatizou que com os visitantes é comum encontrar celulares, baterias solares, crack e maconha, geralmente nas partes íntimas das mulheres. "Por mês, recolhemos de 15 a 20 aparelhos celulares escondido com as visitas", contabilizou.

O capitão informou que, devido ao alto número de celulares apreendidos com visitantes e durante as vistorias de celas, está havendo licitação para a escolha de uma empresa para isolar o sinal da Casa de Custódia. Dessa forma, as ligações feitas por aparelhos celulares não poderão ser feitas do local. 

"O único problema são os vizinhos. Há muita casa nas proximidades da Custódia e esses moradores também ficarão sem sinal", explicou.