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A intervenção na Associação da Imprensa Esportiva

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Há mais de um ano comecei  uma dura batalha para devolver a APCDEP aos cronistas esportivos do nosso Estado.O senhor Manoel Ramos assumiu a presidência da entidade em 1995, permanecendo no seu comendo por 17 anos e 6 meses. A partir do momento em que ele começou a publicar notas agressivas contra os radialistas que ele chamava de "medalhões", inclusive fazendo ameaças de partir para denúncias graves contra ex-presidentes, decidi enfrentá-lo e praticamente sozinho.Senti que alguma coisa de grave estava acontecendo.

                                       Foto - Arquivo

Fui achincalhado por ele na imprensa, levado ao Primeiro Distrito Policial duas vezes e tive minhas credenciais local, nacional e internacional simplesmente cassadas. Vários companheiros, inclusive Carlos Said, passaram a ser barrados nos estádios de futebol. O credenciamento para trabalhar, passou a ser moeda de troca. Quem não estivesse a seu serviço, era para ser banido da imprensa esportiva.

Estudei a grave situação da APCDEP e fui à Justiça, pedir uma intervenção, com base em fatos graves, devidamente documentados. O processo passou a ter mais de 270 páginas. Algumas justificativas para o pedido:

- Falta de comprovação da normalidade nas eleições, sempre em cidades do interior do Estado e com o claro objetivo de dificultar a presença dos radialistas de Teresina. Temos informações seguras de que sempre votaram pessoas sem o necessário registro profissional;

- Falta de prestação de contas anualmente das ações administrativas e financeiras da APCDEP, com os documentos indispensáveis, inclusive comprovantes de convocações das Assembleia Gerais;

- Negociação de maneira irregular do patrimônio da Asssociação no bairro Pedra Mole e posterior compra de uma casa na av.Gil Martins(mais tarde vendida) para compra de outra na Vila Concórdia e um carro, sem que tenham sido cumpridas as normas legais. O patrimônio na Pedra Mole é de um valor imenso, ao contrário da casa numa ponta de rua, sem calçamento e sem documento. Perguntem aos membros da diretoria da APCDEP se eles já foram lá;

-Falta de comprovantes do ingresso de sócios na Entidade, inclusive propostas e atas das reuniões de aprovação na diretoria e na comissão de sindicância;

- O fato do presidente ser ponteiro nos estádios, para intimindar os cronistas esportivos;

- Afinal, qual é mesmo o Estatuto da APCDEP. Ele chegou a colocar um artigo no dele simplesmente dizendo que "quem tiver influência política, for filiado a partido político ou mesmo desenvolver atividades religiosas, não poderá ser candidato";

- Em quase 18 anos de mando dos atuais donos, a APCDEP nada realizou pela classe e não prosperou em nada. Foi só decadência;

- Usando uma página com timbre da APCDEP, o presidente, com o apoio dos seus colegas de diretoria, publicou dezenas de notas, visando coagir os seus "adversários", principalmente os cronistas esportivos de maior vivência, experiência e projeção no meio esportivo.

- O uso indevido da Entidade em ações pessoais, comprometendo de maneira grave a imagem da imprensa esportiva.

A intervenção está decretada pela justiça e deverá ser consolidada com urgência. A partir daí, os cronistas esportivos deverão trabalhar unidos em torno do interventor, para a adoção das medidas necessárias, inclusive com uma auditoria que possa passar a limpo a situação da APCDEP e abrir novos caminhos para a imprensa esportiva do Estado do Piauí. O grande objetivo é recuperar o que for possível e praticamente recriar a entidade, seguindo os bons exemplos de várias associações de outros Estados.


Dídimo de Castro

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