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Empresário diz que atropelamento de idosa foi um acidente

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Atualizada às 11h42
Após passar parte da manhã concedendo depoimento na Delegacia de Trânsito, o empresário Junyel Freitas de Almeida, 31 anos, acusado de atropelar Maria de Fátima Gomes da Silva, no último dia 10, foi embora escoltado por policiais. Ele não quis gravar entrevista, mas afirmou que a morte da vítima foi um acidente. 

Jordana Cury/CidadeVerde.com

O delegado que investiga o caso, Sebastião Alves, informou que o carro está sendo periciado e não pode afirmar se foi o acusado será indiciado por homicídio culposo ou doloso. "Precisamos dos resultados da perícia para finalizar o inquérito", declarou. 

O CidadeVerde.com teve acesso ao depoimento do empresário. No documento ele descreve que trafegava na avenida Barão de Gurgueia com velocidade entre 50 e 60 quilômetros por hora e que não conseguiu visualizar a vítima no canteiro central, mas que ao atingí-la, o corpo bateu no para-brisa e caiu de lado. 


Junyel diz que nunca se envolveu em acidente e não tinha ingerido bebida alcoólica no dia anterior porque passou a noite em casa. O veículo era de propriedade do pai do empresário e, segundo ele, não havia problemas mecânicos. 

Publicada às 11h12
O empresário Junyel Freitas de Almeida, 31 anos, acusado de matar a autônoma Maria de Fátima Gomes da Silva após atropelá-la na avenida Barão de Gurguéia no dia 10 está prestando depoimento na Delegacia de Trânsito nesta quinta-feira (22). No acidente, a vítima teria sido atingida e arrastada por cerca de 50 metros na via. 


De acordo com o advogado do acusado, Leôncio Coelho, a morte foi uma fatalidade e Junyel deve responder por homicídio culposo. “Ele estava em uma velocidade razoável para um sábado de manhã sem tráfego na via. Essa história de que era mais de cem quilômetros não foi comprovada. Meu cliente não assumiu o risco de matar; a morte foi uma fatalidade. A senhora atravessou na frente do carro de repente”, defende. 


Leôncio explica que Juniel havia ido ao Mercado Central comprar mantimentos para o almoço do Dia dos Pais, e o acidente aconteceu quando ele voltou para pegar a carteira esquecida em casa. “Ele não prestou socorro, primeiro, porque vítimas de politraumas não podem ser tocadas e, segundo, porque havia muita gente foi ao local e não é razoável colocar sua própria integridade física em risco”, justificou o advogado, alegando que o condutor temia ser agredido por populares.

Leôncio garante que seu cliente não estava alcoolizado e se apresentou voluntariamente à polícia.

Acusações
O empresário também deve falar sobre a suspeita de que ele havia sido contratado para matar Maria de Fátima. Segundo Leôncio, a família da vítima estava dividido e o filho da mulher estava tentando interditá-la para ficar com uma herança. “Meu cliente está garantindo de que não conhece a família da senhora, mas havia um processo por interditá-la. Será que ela poderia estar andando sozinha na rua?”, questionou. 

Investigação
Uma equipe da Delegacia de Trânsito, formada pelo delegado Jorginho Queiroz e o investigador Joattan Gonçalves, encontrou em Timon, as peças do carro envolvido no acidente, um Corolla de cor preta, que estavam sendo reformadas em uma oficina. No local da colisão, o veículo perdeu parte da carcaça. 

Flash de Jordana Cury
Redação Carlos Lustosa Filho

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