Referência no Norte e no Nordeste do país no tratamento de dependentes químicos, a Casa do Oleiro tem enfrentado dificuldades financeiras. Para se manter, a entidade conta apenas com a ajuda de profissionais voluntários e donativos.
Eduardo Marchão
De acordo com o líder da Casa do Oleiro, Pastor Gouveia, a capacidade de atendimento ainda é muito pequena devido a falta de convênios com o Governo do Estado e com a Prefeitura. “Se tivéssemos apoio do Poder Público, certamente iríamos conseguir tratar muitos dos dependentes químicos que nos procuram diariamente”, afirma o Pastor Gouveia.
“Para conseguir esses convênios, nós precisávamos de um reconhecimento de Utilidade Pública que, gentilmente, foi proposto e aprovado na Câmara Municipal de Teresina, através do vereador Samuel Silveira. O que esperamos agora é a boa vontade dos gestores públicos para conseguimos incentivos”, explica Gouveia.
As dificuldades que a entidade sofre foram constadas na visita de representantes do Comitê Local de Gestão do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas nesta quarta-feira (28). A comissão visitou dois dos quatro sítios de tratamento mantidos pela Casa do Oleiro.
Segundo o vereador Samuel Silveira (PMDB), representante da Câmara Municipal no Comitê, o trabalho de tratamento e reinserção social que a entidade realiza é bastante eficiente e merece uma atenção maior da Prefeitura de Teresina.
“Os resultados que as comunidades terapêuticas tem apresentado em relação ao tratamento do dependente químico são muito satisfatórios. E a nossa obrigação é apoiar e buscar soluções para que iniciativas como essa se multipliquem pois estamos em guerra contra as drogas e a favor da vida”, frisa Samuel Silveira.
A Casa do Oleiro atende atualmente 72 homens e mulheres do Piauí e de outros estados do Nordeste e do Norte do Brasil. Os internos vivem em quatro sítios terapêuticos. A internação é voluntária e o tratamento mínimo dura seis meses. Cerca de 40% dos internos conseguem êxito.
Da Redação
