Uma comissão formada pela prefeitura de Teresina, Infraero, governo do Estado e o Ministério da Aviação Civil está discutindo a reforma do aeroporto Petrônio Portela. Após divergências com os moradores da região, que estavam ameaçados de terem suas casas desapropriadas, a prefeitura tomou o posicionamento de não aceitar que fossem feitas 1.100 desapropriações.

Em entrevista ao Jornal do Piauí, o secretário de Planejamento, Washington Bonfim, assegurou que o número de desapropriações se resumirá à área de segurança necessária para a operacionalidade do sítio aeroportuário. "A prefeitura, no início desse ano, colocou de maneira clara para a Infraero que a proposta não era possível e não concordaria com isso. O ex-prefeito Elmano [Férrer] havia revogado o decreto que deu partida ao procedimento e essa reunião decorre dessa decisão. A Infraero apresentou mais dois cenários de reforma. Eles reduzem significativamente o número de desapropriações", declarou o secretário.

Ainda não há uma definição de quantas desapropriações serão feitas. Mas o secretário garante que casas situadas no bairro Itaperú estão fora do processo. "Falta definir quantas, mas são desapropriações relativas a segurança aeroportuária, como as que ficam situadas no muro do aeroporto", disse.

A reforma consiste em ampliar o pátio para que o aeroporto passe a operar com 12 aeronaves e ampliação da casa de passageiros, possibilitando o trânsito de 3 milhões de passageiros ao ano. A obra está orçada em R$ 600 milhões. A prefeitura tem um prazo de 10 dias para se posicionar acerca da melhor opção.

A proposta anterior previa que 21 aeronaves trafegassem e passaria a receber voos internacionais. "O que se pretende é regularizar a situação desse aeroporto enquanto não se constrói o novo", explicou.

Ainda de acordo com o gestor, a secretaria estadual de Transportes apresentou ao ministério cinco propostas de terreno para abrigar o novo aeroporto.

Leilane Nunes