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Teresinense trata rio como esgoto, diz vereador que percorreu o Poti

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O vereador Antonio Aguiar (PTB) percorreu a extensão urbana do rio Poti em Teresina. O que o parlamentar constatou foi a grande existência de poluição no leito e queimadas nas margens, além da ação das dragas, que retiram areia do fundo do rio e também contribuem para o assoreamento.

Wilson Filho/Cidadeverde.com

A expedição, segundo relata o vereador, partiu da Curva São Paulo, na zona sudeste. Lá é que foram percebidos os grandes números de queimadas da vegetação das margens para o plantio de vazante. 


"Para nossa surpresa desagradável, pudemos constatar bastante assoreamento devido a queimadas e muitas dragas ao longo do rio. Da Curva São Paulo até 2 Km depois da ponte da Primavera, encontramos 18 dragas retirando areia do leito do rio", disse.


Antonio Aguiar também relatou que encontrou muitas bocas de esgoto derramando um volume grande de água suja e mostrou indignação. "Nós estamos tratando o Poti não como um rio, que tem uma importância histórica para a nossa cidade. Estamos tratando o Poti como esgoto, uma galeria. As crianças brincando e não sabem o risco que correm com a contaminação. Fiquei muito surpreso com o que vi", explicou.


A intenção do vereador era finalizar a expedição no Encontro dos Rios. Porém, os aguapés impediram a passagem da embarcação. Antonio Aguiar relatou que a expansão dos aguapés está impossibilitando o trabalho dos pescadores. 


"Não deu para chegar no encontro porque um quilômetro depois da ponte da Primavera, os aguapés tomaram conta e não passa mais canoeiros. Encontramos apenas dois canoeiros e eles nos dizem que os surubins e piaus, que eles pescavam antigamente, não existem. Somente pequenas piabas. Isso nos deixou preocupado. Com essa floresta de aguapés na nossa frente nós não conseguimos mais ver água. Estamos em setembro e antigamente eles surgiam no final de novembro. Creio que vamos chegar em dezembro com toda a extensão urbana tomada por aguapés", declarou.


A expedição foi acompanhada pelo Corpo de Bombeiros. O material de vídeo e fotos vai virar um documentário, que será entregue às secretarias estadual e municipal de Meio Ambiente.





Leilane Nunes

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