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Preso falso policial se passava por funcionário da Vale e engenheiro

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A Delegacia Geral de Polícia Civil deflagrou Operação Abganale e prendeu em flagrante, na última sexta-feira (20), Diógenes Pereira da Silva, 26 anos, por furto qualificado e usurpação de função pública. Ele passava por policial civil, engenheiro eletricista da Eletrobras, técnico de equipamentos hospitalares, e até mesmo funcionário da Vale do Rio Doce para aplicar golpes.

Foto: Divulgação/ Polícia Civil

A Polícia Civil batizou a operação em alusão ao estelionatário estadunidense Frank Abaganale Jr., cuja vida inspirou o cinema no filme Prenda-me Se For Capaz (título em português).

As investigações policiais começaram quando uma associação de policiais civis foi vítima de um furto, supostamente praticado por um de seus associados. A partir daí suspeitou-se que alguém estava se passando por policial para cometer crimes. Os investigadores da Delegacia Geral procuram indícios do estelionatário sobretudo na internet e descobriram que Diógenes buscava vítimas e oferecia diversos serviços, desde docência em estabelecimentos de qualificação profissional até manutenção em equipamentos hospitalares.

Em Teresina, ele dizia ser policial civil recém-concursado, usava distintivo com a insígnia da Instituição, hospedou-se na associação de policiais civis e portava uma arma de fogo falsa à cintura.

Segundo a polícia, Diógenes tinha vários certificados de cursos e distribuía seu currículo em empresas de qualificação profissional para dar aulas como engenheiro, mas sempre se apresentando como policial civil, para não levantar demais suspeitas. Ele chegou a se matricular em um curso de técnico eletricista, na Eletrobrás – Piauí, onde estagiou postou fotos em redes sociais.

Em Parnaíba, o golpista confeccionou material publicitário de uma suposta empresa de manutenção de equipamentos hospitalares e os distribuiu naquela cidade. A partir de então, dizia fazer manutenção em equipamentos, mas não os concertava, em alguns casos devolvia as peças desses equipamentos piores do que o estado original que as recebia, em outros casos sequer devolvia os equipamentos.

De acordo com a investigação, Diógenes havia sido preso pela primeira vez em Açailândia (MA), quando se passava por funcionário da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Naquela época ele permaneceu por oito dias nas dependências da Vale naquele município, usando crachá falso e uma farda. Deu ordens e realizou diversos procedimentos nas dependências da empresa, como viagens de deslocamento, com hospedagem, alimentação e carro por conta da Companhia. Ele também teve acesso aos computadores da CVRD e usou a senha de um funcionário que estava viajando.

Já naquela época, Diógenes Pereira da Silva também teve acesso ao almoxarifado e ao Centro de Controle Operacional (CCO), que é o coração da Ferrovia Carajás. A farsa foi descoberta quando uma pessoa do setor de recursos humanos da empresa solicitou o número de matrícula do farsante e verificou que não existia.

Da Redação

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