O pediatra e secretário municipal de Saúde, Noé Fortes, afirmou que a Sociedade Brasileira de Pediatria não incentiva o uso de andadores por crianças de qualquer idade. 

A polêmica foi levantada após o senador Paulo Davim (PV/RN), que é médico, elaborar um projeto de lei (50/2013) que proíbe a fabricação, a comercialização e a doação dos tais andadores (veja aqui).

"O risco de acidentes com os dedos das mãos são grandes. A velocidade do andar, por conta das rodinhas, é maior, por isso a criança se choca com paredes e móveis. As quedas também são maiores, podendo levar a traumas na cabeça e na coluna", explicou o especialista.

Noé Fortes acrescentou que com ou sem o uso de andadores, a criança só andará no tempo certo. "Entretanto, com o aparelho, ela perde a oportunidade de aprender naturalmente. Além disso, é comum que os responsáveis se desliguem das crianças quando elas estão nos andadores, o que pode gerar graves acidentes", destacou.

O médico acrescentou, porém, que o uso de andadores não faz com que as crianças fiquem com as pernas tortas. Segundo ele, este é um defeito genético.