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Advogado: "Correia Lima é novo homem"; defesa duvida

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O advogado criminalista Leôncio Coelho opinou, durante entrevista ao Jornal do Piauí desta terça-feira (24), que vídeo mostrando o ex-coronel da Polícia Militar, José Viriato Correia Lima, não servem como provas. 

Foto: Evelin Satos/Cidadeverde.com
Leôncio Coelho.

Em gravações divulgadas na imprensa, o preso fala de planos para matar o secretário estadual de Segurança, Robert Rios Magalhães, e o jornalista Arimatéia Azevedo. O vídeo data de 9 de agosto de 2013.

“A Gravação não vale. É nula. Com ordem de quem foi feita? Quem colocou a câmera lá? Com que interesse? Ao meu sentir o Correia Lima foi pego em armadilha. Todos sabem que ele é falastrão e fala muito do que não sabe. Se o coronel quisesse matar quem quiser ele mataria. Ele não faz porque não quer. Ele agora é temente a Deus e tem a família”, disse o bacharel.

Para o advogado, a gravação foi um “crime”. No vídeo é revelada a “intimidade entre presos”. Leôncio Coelho pede que seja feita investigação para saber quem e como foram realizadas as filmagens. 

“Os atos preparatórios do crime não são crimes. Falar de anseios, explicar um plano, em si só não é crime. O caso Safaneli não tem ligação direta com o Correia Lima e acredito na regeneração de todos os cidadãos”, defende o advogado.

Para Leôncio Coelho, os boatos a cerca do caso prejudicam o ex-coronel. “Fica embutido na população que ele é um monstro e no fim das contas quem vai julgá-lo é o povo ,se ele for a júri popular”, conta. 

Advogado de defesa
Já o advogado Wendell Oliveira, que defende o ex-coronel da Polícia Militar do Piauí, José Viriato Correia Lima, revelou, em entrevista exibida no Jornal do Piauí desta terça-feira (24), que não acredita na remissão do cliente.

Wendell Oliveira.

“Não dá para acreditar na regeneração de Correia Lima. Eu não serei eu um idiota a dizer que ele é um homem recuperado no julgamento”, explica o bacharel em direito as vésperas de novo julgamento, que será no dia 30 de setembro.

Correia Lima vai a júri popular pela morte do policial Leandro Safanelli. De acordo com os autos do processo o crime teria sido motivado por ciúmes, já que a filha do ex-coronel teria um caso com o militar morto.

“Acredito que esse fato, de investigações por ameaças de morte pode prejudicar o resultado final. A defesa está acuada. O que temos a levar é que não há participação de Correia Lima no morte, só meros indícios”, disse Wendel Oliveira.
 
O processo estava arquivado, mas foi reaberto por determinação do corregedor-geral do Tribunal de Justiça do Piauí, Antonio Francisco Paes Landim. De acordo com o magistrado, há erros no processo.

Lívio Galeno
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