Uma reunião extraordinária entre os coordenadores das categorias de base irá acontecer na próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro, para discutir os próximos passos diante das acusações de aliciamento de jogadores pelo São Paulo. Os dirigentes aproveitarão o encontro para elaborar um manifesto contra o time do Morumbi.
A princípio, o documento será enviado apenas aos clubes e às federações estaduais e deverá oficializar a decisão das equipes de não entrarem mais nas competições em que o tricolor paulista estiver presente.
A medida irá abranger os Brasileiros Sub-17 e Sub-20 neste fim de ano e também a Copa Votorantim, normalmente disputada a cada início de temporada pela categoria sub-15.
Na última segunda-feira, conforme documento revelado pelo ESPN.com.br, dez clubes responderam ao convite da federação paulista para a edição do ano que vem da Copa São Paulo condicionando suas participações à exclusão do São Paulo do campeonato. Em contato com a reportagem, a assessoria de imprensa da entidade informou que "está tratando do assunto".
Ao todo, aderiram ao movimento os quatro grandes do Rio de Janeiro (Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco), os três de Minas Gerais (Cruzeiro, Atlético-MG e América-MG), Vitória, Sport e Coritiba. A expectativa é de que o grupo cresça ainda mais nos próximos dias. Figueirense e Goiás já sinalizaram que são favoráveis à postura.
Grêmio e Inter, que poderiam ficar em situação delicada em caso de ausência nos Brasileiros Sub-17 e Sub-20, ambos organizados pela federação gaúcha, irão se reunir na próxima segunda-feira para conversar sobre o tema e procurar o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, na sequência. Os mandatários Fábio Koff e Giovanni Luigi serão os responsáveis pela articulação.
Na última reunião realizada no Rio de Janeiro, em março, o Botafogo cedeu as suas instalações para que os dirigentes pudessem se encontrar. Naquela ocasião, foi costurado todo o boicote que seria anunciado no mês seguinte e deixaria o São Paulo de fora da Taça BH e da Copa 2 de Julho.
A exemplo do que aconteceu na sede alvinegra, nenhum representante tricolor deverá marcar presença no local. Desde que o movimento cresceu, a equipe compareceu a apenas um evento das categorias de base, o encontro promovido pelo coordenador da CBF, Alexandre Gallo, no início do mês, na capital paulista. O seu representante, ainda assim, decidiu não ocupar nenhuma das quatro cadeiras destinadas ao time e se sentou em uma das últimas fileiras.
A revolta contra o São Paulo volta à tona como consequência de reclamações recentes de Ponte Preta, Portuguesa e Vitória contra o suposto assédio do clube no mercado. Por medo de terem suas promessas ‘roubadas', as equipes contestaram no último mês até mesmo a decisão da CBF de realizar a fase final da preparação para o Mundial Sub-17 no CT de Cotia.
Cerca de 20 clubes confirmaram presença até o fechamento da matéria na reunião no Rio de Janeiro que irá definir o manifesto dos dirigentes da base contra o São Paulo.
Fonte: MSN
