Segundo dados da Gerência de Zoonoses da Fundação Municipal de Saúde (FMS),Teresina possui aproximadamente 270 mil imóveis ociosos. A revelação foi feita nesta quinta-feira (3), durante reunião, na Câmara Municipal, para tratar sobre a Lei de Combate à Dengue.

A reunião foi solicitada pelo vereador Samuel Silveira (PMDB), autor da Lei Municipal de nº 4.432, em vigor desde 29 de setembro, que estabelece que empresas administradoras de imóveis sejam responsabilizadas pela fiscalização, prevenção e combate ao mosquito aedes aegytpi, transmissor da dengue.

Para a audiência, foram convidados o Conselho Regional de Corretores Imobiliários (CRECI-PI) e a Fundação Municipal de Saúde. O objetivo da reunião foi buscar um entendimento entre as partes envolvidas diretamente com a Lei e, dessa forma, facilitar sua aplicabilidade. No entanto, nenhum representante do CRECI-PI compareceu.

“Lamentamos o fato do CRECI-PI não ter vindo à reunião. Uma das nossas funções como vereador, além de legislar, é a busca de um entendimento com as todas as partes envolvidas e, principalmente, garantir que a lei seja cumprida”, afirma o vereador Samuel Silveira.

Representante da FMS na reunião, a gerente de Zoonoses Oriana Bezerra Lima, informa que os agentes de endemias enfrentam muitas dificuldades para fiscalizar imóveis fechados e, com a nova legislação, essa realidade tende a melhorar.

Segundo a gerente, existem cerca de 270 mil imóveis ociosos em Teresina e quem mora no entorno desses locais são os mais prejudicados com o risco da dengue. “A nossa principal preocupação é com a saúde das pessoas que moram nas proximidades dessas casas. Essa lei veio para colaborar com as nossas ações de prevenção à dengue”, finaliza Oriana Bezerra.

Da Redação