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Acusados no caso de Fábio Brasil são mesmos de Décio Sá

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Quatro dos seis acusados de envolvimento no assassinato do corretor Fábio dos Santos Silva Filho, o Fábio Brasil, morto no dia 31 de março de 2012, estão sendo ouvidos nesta quarta-feira(16) no Tribunal do Júri de Teresina. Todos eles, também foram denunciados pelo Ministério Público do Maranhão pela execução do jornalista Décio Sá, em São Luís menos de um mês depois do crime do corretor. 

Fotos: Caroline Oliveira/cidadeverde.com

Jhonatan de Sousa Silva, acusado de ser o autor dos disparos, foi o único que confessou os crimes, até o momento, e delatou os demais nomes, acusando-os de serem mandantes, durante os inquéritos policiais no Piauí e Maranhão.

Jornalista Décio Sá

No crime contra o corretor, o réu confesso disse durante o processo, que foi contratado pelo empresário José Raimundo Sales Júnior, o Júnior Bolinha, para matar Fábio Brasil no valor de R$ 100 mil. Mas, que também teria sido agenciado por outros empresários: Gláucio Alencar P. Carvalho, seu pai, José Alencar Miranda de Carvalho, Elker Farias Cardoso e o capitão da PM do Maranhão, Fábio Aurélio Saraiva e Silva. 


Para conseguir o benefício da redução da pena, Jhonatan resolveu confessar os crimes, mas deverá ser ouvido em separado, já que não concordou com a videoconferência que seria realizada hoje. “Ele tem fatos a esclarecer não tem a ver com o que a polícia apurou. Ele não tinha relação com os acusados, foi contratado para matar os dois, mas ele vai dizer quando for ouvido”, destaca o advogado Berilo Freitas.

Defesa

O advogado Nazareno Thé, que defende os empresários Gláucio e José Miranda, disse que seus clientes são inocentes dos dois processos. “Não há provas concretas contra eles. Orientei que eles devem usar as palavras certas na audiência de hoje, até porque não tiveram qualquer participação no crime do Fábio Brasil e do Décio Sá também”, declarou o advogado. 


Segundo ele, a relação dos empresários com Fábio Brasil era uma relação de trabalho, que antes a vítima era auxiliar dos empresários, que mexem com material escolar para prefeituras, mas depois ele continuou sozinho. 

Prisão preventiva

O juiz Antônio Nolleto deve decidir no final da audiência de instrução, interrogatório dos acusados, pela revogação das prisões dos empresários: José Miranda, Gláucio, Elker e Júnior Bolinha que continuam presos. Apenas o capitão Fábio Aurélio responde os processos em liberdade.   


“Decidi por deixá-los presos porque entendi que não era hora de soltá-los. Hoje julgarei os recursos dos advogados, após os interrogatórios e dependendo do conjunto decidirei”, destacou o juiz. 

Atraso no processo

Ao iniciar a audiência dos interrogatórios, o juiz disse que o processo deveria estar mais adiantado, porém as cartas precatórias enviadas a São Luís, onde todos os acusados residem foram cumpridas apenas um ano depois. 

“O dr. Nolleto enviou as cartas precatórias em setembro de 2012 e só foram ouvidos os acusados e testemunhas de defesa e acusação em setembro. Isso fez com que perdêssemos prazos e já era para estar bem mais adiantado”, destacou o promotor Benigno Filho. 

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Caroline Oliveira
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