O vereador major Paulo Roberto (PSD) avaliou, durante entrevista no Jornal do Piauí desta quarta-feira (16), que o aeroporto de Teresina, como está, atrapalha o desenvolvimento da cidade. O assunto volta a tona visto que a prefeitura apresentou propostas para reforma, e conseqüente desapropriação de moradores, do atual aeroporto.

“Das três propostas a primeira terá desapropriação de 1.300 famílias, deixaria o aeroporto no local, que é o que não queremos. Na segunda, 700 famílias seriam desapropriadas. Na terceira seriam apenas 130 imóveis e seria em paralelo a construção de novo aeroporto. Defendemos a terceira opção”, disse o parlamentar.

Com a terceira proposta o aeroporto teria autonomia até 2029. Outra meta seria, em paralelo, a construção de um novo aeroporto em outro terreno. Atualmente, o Petrônio Portela é capaz de atender 1,3 milhão de passageiros. Com a reforma, a autonomia será de 3 milhões de passageiros.

“Estamos trabalhado para construção paralela de um novo aeroporto. Temos reunião marcada dia 23 de outubro entre prefeitura, grupo de trabalhos e governo para discutir o assunto. Já temos recursos de R$ 619 milhões do Governo Federal. Mas todos os envolvidos serão convocados para negociar”, explica Paulo Roberto.

Da área desapropriada 22% está em área residencial e 78% de área comercial. “No local em que está o aeroporto atrapalha Teresina. A cidade não pode se verticalizar para atender as medidas de segurança da Infraero. Ou resolvemos o problema do aeroporto ou a cidade não pode se desenvolver”, disse.

O presidente da Associação dos Moradores do bairro Aeroporto, Raimundo Nonato Oliveira, a tendência da população é não aceitar desapropriação. “A situação é difícil e a tensão é grande. Não temos definição de quantas pessoas vão sair e isso atrapalha. Mas por nossa decisão atual é: ninguém vai sair assim”, defendeu.