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Firmino cria autarquia para resolver caos na falta de água em Teresina

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Depois dos seguidos problemas com o abastecimento de água e com a falta de investimentos no esgotamento sanitário, o prefeito Firmino Filho resolveu colocar em atividade o Serviço Municipal de Águas e Esgotos de Teresina e nomeou Erick Elísio para presidir o órgão. O Semae já existe há cerca de seis anos e foi criada na gestão do ex-prefeito Sílvio Mendes.

Pericles Mendel/CidadeVerde.com
Firmino Filho

O presidente da Arsete, Paulo de Tarso Vilarinho, explica como o prefeito resolveu implantar a autarquia."Quando Firmino assumiu, ele sentiu a necessidade de ter uma pessoa para tomar de conta do saneamento e trouxe o Erick. Ele começou a fazer a representação da prefeitura nessas questões e foi quando as coisas se agravaram, com protestos por falta de água e a coisa foi se agravando. Quando a questão se politizou muito e as pessoas começaram a criticar a proposta de subdelegação, o prefeito achou melhor municipalizar", afirma Paulo de Tarso Vilarinho. 

O Semae ficará responsável pela prestação de serviços na região localizada depois do rio Poti: zonas leste e sudeste, além de parte da grande Santa Maria da Codipi. A Agespisa vai continuar operando na região entre-rios: regiões norte, centro e sul.

Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde
Erick Elysio

Em entrevista ao Jornal do Piauí desta quarta (16), Erick explicou que a Fipe está fazendo um estudo para detectar qual a melhor forma de gerenciamento desse sistema. O estudo deve ficar pronto até dezembro e o Semae tem verba prevista no Orçamento 2014 para funcionar. 

Inicialmente, segundo o presidente do Semae, o órgão deverá contar com técnicos e engenheiros da Agespisa. Mas fará concurso para formar o corpo técnico de funcionários no próximo ano e também está pleiteando R$ 1,9 bilhão junto ao Ministério das Cidades para a construção da Estação de Tratamento de Água na Santa Maria da Codipi.

Porém, depois de explorar o serviço, o Semae analisará se há condições de continuar com a atividade e não descarta a possibilidade de privatização. "No futuro, não é impossível delegar para uma empresa privada. Não é o primeiro objetivo. O primeiro objetivo é tentar operar de forma um pouco mais satisfatória do que está sendo oferecido hoje", explica Erick Elísio.


A proposta de subdelegação, feita pelo governador Wilson Martins e pelo presidente da Agespisa, Antonio Filho, não foi totalmente rechaçada. "A subdelegação não está completamente descartada. Estudamos o projeto e não estava tecnicamente perfeito. Fizemos algumas considerações e estamos esperando uma resposta da Fundação Getúlio Vargas", declarou.

O início das atividades do Semae está sendo preparado. O órgão prestará os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário nas regiões leste e sudeste, além da região da Santa Maria da Codipi. Toda essa região está situada após o rio Poti. 

Ainda não há definição de como será feita, por exemplo, a cobrança da tarifa. Segundo Erick, o Semae vai cobrar, de início, a mesma tarifa cobrada pela Agespisa.

"Estamos esperando o plano estratégico, que deve ficar pronto até dezembro para saber como será a melhor maneira de operar o sistema. A tarifa, no início, não muda. A transição de uma empresa para a outra tem que ser feita com calma, de forma gradual", assegurou.

Leilane Nunes

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