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Antonio Filho reage a operação da PF e afirma que água é de qualidade

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Atualizada às 14h02

O presidente da Agespisa, Antonio Filho, reafirmou, durante entrevista coletiva, a boa qualidade da água distribuída pela companhia. Segundo o presidente, a declaração tem a finalidade de tranquilizar a população depois da prisão de dois engenheiros da empresa pela operação Rio Verde, da Polícia Federal.

Evelin Santos/Cidadeverde.com

Antonio Filho esclareceu que a Agespisa contribuiu com a operação fornecendo toda a documentação solicitada pela polícia, assim como pelo Ministério Público Federal. Para o gestor, a Polícia Federal apenas cumpriu um mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz Márcio Braga, da Justiça Federal. E, como o processo corre em segredo de justiça, não se sabe, na realidade, qual o objeto real da investigação.

"Queria esclarecer que a diretoria da Agespisa tem plena convicção nos relatórios expedidos pelo corpo técnico da Estação de Tratamento de Água como de Esgoto, do tratamento  e da celeridade. Estamos tranquilizando a população quanto a qualidade da água. Lamentamos o efeito da operação até porque a própria Agespisa trabalhou no sentido de identificar todos os pontos de esgoto e somente os que não passam pelas redes de esgoto da Agespisa e fornecemos isso ao MPF e PF. Tivermos as paralisações no início do ano e propusemos uma força-tarefa para que possamos identificar quais são os pontos de lançamento de esgoto. Em momento algum a Agespisa furtou qualquer órgão de controle, a Arsete, o MPF, o Ibama, no sentido do tratamento. Demos acesso ilimitado à operação da PF, a todos os dados, seja documentação em mídia eletrônica para que a PF possa analisar", declarou.

Uma auditoria ambiental está sendo contratada pela companhia de abastecimento para rever todos os procedimentos que a Agespisa precisa cumprir para detectar possíveis erros. "Se tiver algum erro temos que implementar modificações", afirmou.

Sobre as ações concretas para a retirada dos aguapés do rio Poti, Antonio Filho ressaltou que existe uma pactuação com a prefeitura de Teresina e o Ministério Público e a prefeitura teria ficado responsável por esse trabalho. 


Antonio Filho reafirmou também que os 17% de cobertura de esgoto na capital piauiense representam um percentual reduzido, mas o tratamento desse esgoto é feito com "zelo".

O projeto de expansão do saneamento na capital havia sido paralisado por conta de erros técnicos no projeto executivo. O Ministério das Cidades, então, bloqueou os recursos. Porém, o projeto está sendo revisto e a expectativa é que os recursos sejam liberados em breve.

"Desses 17%, com base nos nossos relatórios, estão dentro dos padrões de qualidade. A proliferação do aguapé não trata do esgoto da Agespisa. Temos 80% sem cobertura de esgoto. Agora, temos várias calhas pluviais da prefeitura com ligações clandestinas. Fizemos esse monitoramento e já comunicamos ao MPF para que responsabilize. Temos ligações diretas no ramal pluvial que escorrem direto para o rio", comentou.

Leilane Nunes 

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