O superintendente regional do Ibama, Manoel Borges, afirmou que o órgão vai intensificar a fiscalização para tentar prender comerciantes que estariam comercializando carne de jacaré do papo amarelo, como mostrou a equipe da TV Cidade Verde na sexta passada (1º/11).
Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde
Os animais seriam retirados de uma lagoa localizada no bairro Matadouro e vendidos no bairro Poti Velho, ambos na zona norte de Teresina.
Manoel Borges afirmou que a reportagem apresentada no Jornal do Piauí deu a órgão a certeza de que o crime está configurado e enviará fiscais até o local, numa operação a ser programada.
Para quem for flagrado coletando, abatendo, comercializando ou comprando a carne de qualquer animal protegido pelas leis ambientais está sujeito a multa, que varia de R$ 500 a R$ 5 mil, e detenção de três a seis meses. Em se tratando de animais em extinção as punições são as mais severas.
"Sempre estamos fazendo operações e vou levar isso ao nosso serviço de inteligência para que possamos detectar o problema e prender os responsáveis. Tanto o Ibama, a Secretaria de Meio Ambiente ou qualquer cidadão pode procurar a polícia e denunciar", comentou o superintendente.
Operação Rio Verde
Manoel Borges comentou ainda que o Ibama colaborou com a operação da Polícia Federal, que ocasionou a prisão de dois engenheiros da Agespisa em Teresina.
Segundo o gestor, "a PF solicitou algumas ações junto a Agespisa" e tudo foi repassado.
Um termo de ajustamento de conduta foi firmado entre Agespisa, Seman, Semar, MPE e MPF. O que cabe ao Ibama é a vistoria nas obras de saneamento, automação das estações elevatórias de esgoto.
Em relação a multas a agentes acusados de poluição dos rios, o Ibama deve ser provocado pela Semam. "Antigamente o Ibama tinha poder de multar quando detectava esse tipo de problema. A gente já vinha, junto com o mpf, trabalhando para minimizar esse impacto", afirmou.
Leilane Nunes
