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Padrasto acusado de abuso ameaçou de morte namorado da enteada

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A delegada Wládia Holanda de Lima, titular da Delegacia da Mulher de Timon (MA), afirmou nesta quarta (13) que Olímpio Cardoso Neto, 52 anos, acusado de abuso sexual contra as três enteadas, chegou a ameaçar de morte o namorado da mais velha.

Evelin Santos/Cidadeverde.com

C.G.S.S, 18 anos, foi quem procurou a polícia para denunciar os abusos e agressões sofridos por ela e pelas irmãs. Segundo Wládia, a filha do meio fugiu para morar com o pai biológico e as outras duas estão sob a proteção de assistentes sociais e da polícia. 

Após a denúncia, a polícia começou a investigar Olímpio Cardoso. As garotas foram tiradas de casa e Olímpio passou a procurar o namorado da mais velha. "Houve uma tentativa iminente de coação das testemunhas. O agressor chegou a fazer abordagens insistentes ao namorado da vítima, ameaçando de morte", comentou a delegada.

A decisão de retirar as meninas da residência se deu por conta do estado emocional em que elas estavam e também do risco de ocorrerem mais agressões. O relato das vítimas demonstra que elas eram agredidas com palmatória. Atualmente, a mais nova sofria mais agressões. "Ele conseguia amortecer o impacto das tentativas delas de denunciarem através de fortes ameaças. Ele tinha um ritual de tortura com palmatória. A mais nova foi arremeçada contra a parede por várias vezes", explicou Wládia. 

Além das meninas, a delegada diz que tem indícios ainda de que a mãe sofria agressões. Ela tem os dois dedões das mãos quebrados. A mãe também era submetida a "rituais satânicos". A filha mais velha contou em depoimento que Olímpio se dizia pai de santo e submetia a mãe ao que ele acredita ser rituais de descarrego. 

Delegada e o acusado de estupro


"A mãe tem os dois polegares quebrados e ele a submetia a rituais satânicos. Ele se julgava pai de santo, colocava pólvora no corpo dela e tocava fogo. A filha mais velha nos trouxe essa informação. Ele dizia que o corpo dela estava tomado por demônios. A mãe tem um tremor intenso. A gente percebe que ela tem medo. Elas estavam acorrentadas e a sequela emocional foi muito mais forte do que os próprios abusos porque ele mutilava diariamente essas crianças", comentou.

Ainda segundo a delegada, o acusado não esboça arrependimento. "O estado emocional dele ficou indiferente durante todo o processo", disse.

A polícia aguarda agora a chegada da filha de 16 anos, que havia fugido para morar com o pai biológico. Ela teria sido a que mais foi abusada. De acordo com o depoimento da irmã, o apetite sexual do acusado era maior em relação a ela. Com o depoimento dessa vítima, a delegada espera solidificar as provas contra Olímpio.

Ele deverá ser enquadrado na Lei Maria da Penha, além de responder por ameaça e estupro de vulnerável. Há um exame de corpo de delito comprovando que a menina de seis anos teve o hímen rompido.

Acompanhe o caso

Leilane Nunes
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