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Homem conta como socorreu menino golpeado com espeto

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O homem que socorreu o menino M.G.T, seis anos, que foi vítima de golpes de espeto na segunda feira (25), não quer se identificar com medo de represálias. José Francisco, em entrevista ao Jornal do Piauí, conta que perseguiu Antonio Antonio Marcos Lima Pereira e como chegou até o menino atingido.

Reprodução/vídeo

Por telefone, Antonio Marcos contou que estava indo a uma loja de material de construção quando parou em um posto para abastecer, quando foi abordado por uma mulher, que chegou correndo, pedindo ajuda porque tinha visto um homem com um espeto na mão, sujo de sangue. 

Depois disso, José Francisco saiu em sua moto com a mulher na garupa e conseguiu avistar o rapaz correndo. Quando percebeu que estava sendo seguido, Antonio Marcos escondeu o espeto com a camisa. 



"Ele escondeu o espeto e quando ele entrou nessa rua eu parei, com medo dele ter parado na esquina e estar esperando para me atacar. Esperei um tempo, percebi que ele não estava escondido e estão segui com a moto. Quando eu vi foi ele correndo e a criança com a mão na barriga. Eu disse para a mulher ficar lá com a criança, chamar ajuda e continuei seguindo ele", contou.

Toda a ação foi mostrada no vídeo gravado por uma câmera que faz parte do circuito de TV de uma casa próxima ao local do crime. As imagens mostram o momento em que José Francisco parou a moto, a mulher desceu e entrou na casa da criança para pedir ajuda. O garotinho parecia atordoado, segurava a barriga. A mãe do menino, desesperada, socorreu a criança.


José Francisco continua contando que Antonio Marcos saiu correndo e ele foi atrás, gritando para que as pessoas ligassem para a polícia. Chegando à Vila Santa Clara, o homem seguiu no sentido de uma creche. "Eu saí gritando, pedindo para as pessoas chamarem a polícia. Na Santa Clara tinha uma creche cheia de crianças e eu gritei para ela saírem. O Ronda Cidadão chegou e ele correu para se esconder dentro do mato. Não estávamos encontrando ele e eu voltei. Quando cheguei perto do posto e perguntei se tinham visto ele disseram que ele tinha passado e o Ronda Cidadão prendeu ele dentro da casa de um senhor", explicou.

O homem relatou que ainda está em estado de choque. "Na hora não fiquei tão angustiado como quando vi as imagens. Até hoje eu estou abalado e não aceitei ir na TV [dar entrevista] porque fiquei com medo de represálias", declarou.


Ao acordar, após a cirurgia, o menino M.G.D.T fez questão de repetir ao pai, Paulo Dantas, que o homem da moto foi o "anjo" que o ajudou. O menino fez a observação com receio do pai ter imaginado que José Francisco fosse o responsável pelas perfurações.

Acompanhe o caso

Leilane Nunes

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