Moradores e representantes de empresas do povoado Cerâmica Cil interditaram na manhã desta segunda-feira (2) um trecho da PI 130, na zona sul de Teresina. Segundo informações do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRE), o motivo do protesto é atuação de uma balança na rodovia que multa os veículos com excesso de peso. Isso estaria causando um encarecimento no frete para o transporte de produtos como telhas, brita, entre outros.
Evelin Santos/CidadeVerde.com
O trânsito está engarrafado e apenas as ambulâncias estão passando pelo desvio da barreira de fogo.
![](http://www.cidadeverde.com/noticias/editor/assets/img63/carlos/manifestacao-balanca-pi130%20(2).jpg)
Antonio Laelson da Silva, presidente da Associação de moradores da Cerâmica Cil, teme que a balança acabe provocando o fim da comunidade. “90% dos moradores dependem do polo cerâmico. Nós não somos contra a balança, mas ela deveria ser instalada em todos os polos", defende. Segundo ele, as empresas ameaçam demitir funcionários por conta da redução dos lucros.
![](http://www.cidadeverde.com/noticias/editor/assets/img63/carlos/manifestacao-balanca-pi130%20(3).jpg)
João Cosme de Oliveira, gerente de vendas da Cerâmica Mafrense, informou que já houve uma queda de 20% nas vendas após a instalação da balança. "O problema não é a balança em si, mas é que nas outras regiões ficam livres disso e as oito empresas que funcionam aqui não estão mais aguentando a situação", pontuou.
O posto de fiscalização ainda não possui energia elétrica, e o abastecimento do local é feito por dois geradores. Quatro funcionários se revezam no serviço. De acordo com um servidor que preferiu não se identificar, a balança existe desde 2010, mas só foi ativada este ano. Outros dois equipamentos estão sendo instalados.
“Nessa estrada há várias cerâmicas e depósitos de pedras, areias e fica todo mundo fica prejudicado, inclusive a população que depende dessas empresas para trabalhar, porque só tem balança nessa estrada e os industriais ficam prejudicados em relação aos outros que não têm que passar por ela. Eles dizem que a taxa cobrada é para a manutenção da estrada, mas ela está toda esburacada”, reclama Socorro Lages, empresária.
O subtenente do BPRE, J. Sousa, informou ao CidadeVerde.com que o congestionamento já chega a 5 km. "A passagem só é liberada para veículos com pessoas doentes. Uma tentativa de negociação foi feita com os manifestantes com o major Soares, mas eles disseram que só vão deixar o local após a negociação com algum representante do governo. Não há previsão para que isso aconteça", declarou.
Flash de Rayldo Pereira
Carlos Lustosa Filho