Nesta semana, a Cáritas Brasileira Regional do Piauí reunirá agentes da instituição e mulheres atendidas pelo Projeto Maria Flor para concluir a produção de um guia contra a violência de gênero. Para isso, a equipe de agentes fará duas reuniões, uma em Teresina e a outra em Parnaíba, na sexta-feira (06) e sábado (07). 

Em cada uma das cidades, há um grupo de cerca de vinte mulheres acompanhadas pelo projeto. Do início das ações do Maria Flor até aqui, elas já passaram por processos de escuta, conversa, acolhimento, terapias de grupo e comunitária com orientação para a questão dos direitos, valorização no âmbito psicossocial e acompanhamento da saúde mental.

“Maria Flor é um projeto que tem como objetivo a conquista e efetivação dos direitos de mulheres que vivem em situação de vulnerabilidade, promovendo atendimento psicossocial e de saúde às mulheres vítimas de violência com orientação e apoio. Com foco no fortalecimento da auto-estima e autonomia pessoal e social das mulheres, as ações do projeto buscam superação da situação de violência e quebra do círculo vicioso da violência”, explica Hortência Mendes, secretária regional da Cáritas.

Esse guia de atendimento às vítimas de violência deverá para ser aplicado na rede pública de saúde do Estado, “já que a violência deve ser vista como falta de saúde das vítimas”, diz Hortência.

A violência contra a mulher cresce assustadoramente em todos os municípios sem nenhuma intervenção efetiva do Estado. No Piauí, poucas ações foram realizadas para que a lei Maria da Penha seja aplicada com rigor. Para a secretária regional, “a impunidade com os crimes contra a mulher dão vazão aos criminosos”.

Da Redação