A vice-diretora do Sindicato das Autoescolas do Piauí, Vanessa Carvalho, afirma que as empresas não têm condições de arcar com a compra do simulador de trânsito, que agora é obrigatório. O prazo máximo para a aquisição do equipamento é até o dia 31 de dezembro.
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O simulador custa em torno de R$ 40 mil. A diretora afirma que o valor terá que ser repassado aos consumidores. "É totalmente inviável que a autoescola pague por esses simuladores. Apesar de terem prorrogado o prazo, muitas serão fechadas por não conseguirem comprar o equipamento", destaca.
De acordo com Vanessa Carvalho, o simulador é dispensável. "O ideal seria aumentar a carga horária das aulas práticas e não obrigar à compra do simulador de trânsito", completou.
Sem estoque
A diretora do sindicato acrescentou ainda que as empresas brasileiras que produzem o equipamento não têm suporte para fornecer o equipamento a todas as autoescolas do Piauí.
"Mesmo que pedíssemos hoje, só chegaria daqui a dois meses, já fora do prazo, já que o limite é 31 de dezembro. O que sabemos é que depois do dia 2 de janeiro, as autoescolas que não tiverem o simulador serão suspensas. Os usuários que já estão com a habilitação em andamento ficarão prejudicados", disse Vanessa.
A sindicalista calcula que para instalar o simulador será necessário construir uma sala de pelo menos 15 metros quadrados. "Junto com o equipamento, o custo chega a 60 mil. O custo da habilitação vai subir", finalizou.
Para que serve
O simulador funciona como um jogo de vídeo game. A habilidade do condutor é testada em diversas situações. Segundo Adriano Vilela, representante de uma empresa que produz um modelo de simulador, "o aluno entra em uma imersão virtual próximo a realidade, com chuva, neblina, atropelamento de pedestre, que aciona sua memória cognitiva".
Cada aluno terá que cumprir cinco aulas de 30 minutos no simulador antes de iniciar as aulas práticas no trânsito real.
Jordana Cury
