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Ossada: família da vítima acusa ex-companheiro do assassinato

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A irmã de Maria da Cruz Galvão Ribeiro, que teve a ossada encontrada nesta quinta-feira (13), acusa o ex-cunhado Francisco Klebert dos Santos pela morte da mulher. Iara Galvão Ribeiro, conversou com a equipe da TV Cidade Verde e afirmou que o relacionamento dos dois era conturbado e ele ameaçava sua irmã, que estava desaparecida desde 2009.

Rayldo Pereira/Cidadeverde.com

"Ele agrediu ela várias vezes e dizia sempre que ia matar ela e colocar dentro da fossa.", contou Iara.

Para o coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Costa, o Barêta, todos são suspeitos, mas ainda não é possível apontar acusados. Suspeitos todos são. Há um indício levando ao companheiro, mas temos que mostrar a veracidade através de provas para só então apontarmos.", afirmou o delegado.


Os restos da vítima foram encontrados pela família, enterrados ao lado da fossa no quintal de sua casa na Vila Irmã Dulce, zona Sul de Teresina.

Iara descreve ainda que o relacionamento durou aproximadamente quatro e Francisco tinha um comportamento violento e possessivo. 


A irmã apresentou um boletim de ocorrência registrado por Francisco, que acusa a mulher desaparecida por Abandono de Lar. "Ele se lamentava dizendo que minha irmã tinha saído de casa. Passou dois meses com a gente e era frio, muito frio. Quando ele foi chamado para ser ouvido na delegacia, quem apareceu foi a mãe dele com dois advogados e até hoje ele está sumido. O que ele fez com a minha irmã não se faz nem com um animal.", lamentou a irmã da vítima.


Busca da família

Após o desaparecimento de Maria da Cruz, Iara conta que a família fez várias tentativas acionar a polícia para investigar o caso, mas afirma que onde foi recebida nada foi feito.


"Eu registrei primeiro aqui no 23º distrito, depois registrei na Delegacia da Mulher. Eu falei com a secretaria de segurança com o Dr. Paulo Nunes e fui recomendada a procurar a Delegacia Geral, fui até lá, passaram para a delegada Daniella Barros, e nem assim nada aconteceu, nós encontramos o corpo e ninguém fez nada esse tempo todo. São quatro anos, não quatro dias", detalhou Iara.

IML

A família de Maria da Cruz denunciou ainda à TV Cidade Verde, que o Instituto Médico Legal não recolheu todos os restos mortais da vítima. Na manhã desta sexta-feira (13), moradores da região estavam escavando e retirando ossos e cabelo, que ainda ficaram no buraco feito no quintal da residência.


A mãe da vítima, Osmarina Barros Galvão Ribeiro, lamenta a situação. "Não fizeram o trabalho certo. É um absurdo essa situação. E esse homem continua solto depois de fazer tudo isso com minha filha", afirmou.

O delegado Bareta, criticou o trabalho de preservação do local do crime e reforçou que isso irá causar prejuízos a investigação. "Tomei conhecimento agora que ainda há restos no local e as pessoas estão mexendo. Isso altera toda a dinâmica do fato em si. O delegado deveria estar no local para coordenar todo o trabalho. Vamos tomar providências sobre isso. Quem não tiver paciência não pode ficar na Polícia", concluiu o delegado.

Rayldo Pereira

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