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Punir os clubes não acaba com a violência no futebol

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Os anos vão passando e a violência provocada por "torcedores" de futebol é cada vez maior. Em toda parte do Brasil, notadamente nos grandes centros esportivos, as cenas de brigas são violentas. Muítos elementos entram nos estádios armados de paus, barras de ferro, pedras e tudo mais. Eles chegam a combinar as lutas pelas redes sociais.


Há anos que autoridades falam, falam, falam na imprensa e anunciam medidas drásticas. É só conversa. Uma semana depois de guerras nos estádios, tudo fica no esquecimento. Os criminosos estão lá, prontos para "matar ou morrer".

A única medida que a Justiça Desportiva adotou foi punir os clubes, impondo a eles graves prejuizos financeiros com as tais perdas de mando de campo. Os jogadores também são prejudicados porque as receitas dos seus clubes caem e eles ainda têm que aumentar o número de viagens. De outra parte, os falsos torcedores seguem livres e soltos. No jogo seguinte, não importando o local, lá estão eles.

 Só falta a Justiça Desportiva marcar jogos de brasileiros no Japão, com a justificativa de que "a passagem custo muíto dinheiro". Agora mesmo o Atlético Paranaense  e o Vasco da Gama perderam 12 e 8 mandos de campo, respectivamente. E o jogo entre os dois não foi no Rio de Janeiro, nem em Curitiba. Foi em Joinvile, Santa Catarina.  

Jogar fora dos domínios de atleticanos e vascainos evitou as cenas que causaram espanto em todo o mundo. Corinthians e Vasco da Gama foram jogar em Brasília, e o pau comeu. O Corinthians foi jogar na Bolívia e lá torcedores do clube paulista mataram um jovem de 14 anos. Ficaram presos durante 5 meses e em seguida estavam brigando no Brasil.

O bom exemplo mesmo vem do Rio Grande do Norte, conforme matéria na imprensa:

- Um integrante da fúria jovem do Baraúnas, foi condenado na noite desta quinta-feira(12) a 14 anos de prisão pelo assasinato de um adolescente, em 2008. A pena de reclusão em regime fechado foi estipulada pelo juiz de Direito, Presidente do Tribunal do Júri, Henrique Baltazar Vilar dos Santos, após sessão ocorrida em Mossoró, Rio Grande do Norte.

- O crime ocorreu no dia 18 de outubro de 2008, quando Bruno da Silva Castro atirou em direção a integrantes da torcida rival do Potiguar, a Império Vermelho, tirando a vida do adolescente Rodrigo César da Costa, de 16 anos, na praça da Baixinha, no bairro Abolição.

A conversa de que "precisamos acabar com as torcidas organizadas" é apenas para enganar.Dizem que dirigentes financiam "organizadas" com dinheiro dos clubes. Pois esses dirigentes deveriam ser afastados do futebol e responsabilizados pela participação nas guerras. Aliás é estranho que os senhores diretores dos clubes aceitem as punições com perdas de mando de campo e nem mesmo reclamem. É um silêncio total. Seria em troca de votos nas disputas para vereador, deputado, presidente da agremiação esportiva ? É bom apurar. Outro detalhe: o dinheiro gasto para ser sócio de "organizada", deveria ser destinado ao clube.

Como os clubes vão controlar entrada de torcedores nos estádios ? Alguém conhece essa fórmula mágica ?


Dídimo de Castro
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