O superintendente da Infraero no Piauí, Wilson Estrela, enfatizou a necessidade de remover as famílias das casas que estão "coladas" ao aeroporto. Em entrevista ao Jornal do Piauí desta terça-feira (17), ele declarou: "Devemos estar atentos aos sinais".

"As pessoas precisam sair dali, por razões estritas de segurança. Não é recomendável, nem mesmo razoável, que as pessoas permaneçam residindo ali. Em alguns desses imóveis o último muro coincide com o do aeroporto. Devemos ficar atentos aos sinais", destacou o superintendente. 

Estrela acrescentou que o ideal seria que o aeroporto fosse para outro local, mais distante do centro da cidade. Entretanto, para a construção de um aeroporto são necessários pelo menos 15 anos. 

"Sonhamos com um novo aeroporto, mas voltamos ao mesmo debate. Não se constrói um aeroporto em menos de 15 anos. Só para a escolha do local são dois anos, porque tem que haver um estudo minucioso das condições climáticas, depois temos o termo de referência, a licença ambiental, as burocracias. O tempo mínimo é de 15 anos", reforçou o gestor.

Os destroços da aeronave Cessna 172 começaram a ser retirados do aeroporto no final da manhã desta terça-feira (17). A perícia no local foi encerrada, mas as peças ainda passarão por análises específicas. Peritos devem voltar Petrônio Portela ainda nesta tarde para continuar a retirada do material.

Wilson Estrela acrescentou que está descartada a possibilidade de interferências das condições climáticas e de problemas com a infraestrutura aeroportuária. "Temos duas vertentes agora: o homem e a máquina. Antes da divulgação do laudo pericial será feito um contato com a família. O prazo médio é de um ano para apresentar os primeiros resultados".

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