A divulgação da foto do ator norte-americano R. Lee Ermey, um dos astros do filme “Nascido para matar”, de Stanley Kubrick, com uma leoa supostamente caçada por ele em um vídeo que promove caças em um safári da África do Sul causou a ira de ambientalistas.

As imagens são de um comercial para internet do Frikkie du Toit Safaris, localizado na província Noroeste sul-africana.

Na página da empresa é possível encontrar diversos serviços aos interessados em atirar em espécies da savana africana, principalmente nos “big five”, animais tradicionalmente considerados os mais difíceis de caçar, como o leão, o leopardo, o búfalo africano, o elefante e o rinoceronte.

A foto do ator, que interpretou o Sargento Hartman no filme de Kubrick, está também em uma galeria de imagens de celebridades que participaram da atividade organizada.

De acordo com o proprietário do safári, em entrevista ao jornal “The Independent”, Lee Ermey foi ao local há cerca de dois anos.

Para ambientalistas ouvidos pela publicação britânica, as imagens são “repugnantes”. Pieter Kat, da organização ambiental Lion Aid, afirmou que há leis na África do Sul que permitem a caça de leões em reservas. Contudo, para ele, a atividade “não é para caçar, mas sim para assassinar”.

No site do safári é possível encontrar preços de pacotes, como o que inclui sete dias de caça com direito a matar uma leoa e duas diferentes espécies de antílope ao custo de R$ 23 mil.

Para dez dias de atividade no safári, com direito a atirar em 12 animais de seis espécies diferentes, incluindo uma cabra-de-leque (também chamado de springbok), animal símbolo da África do Sul, o custo é de aproximadamente R$ 24 mil.