Em situação financeira ainda desconfortável, o Atlético-MG pôde respirar um pouco mais aliviado nos últimos dias. Em julgamento realizado pela Fifa, o clube derrotou o Boca Juniors numa ação em que os representantes argentinos pediam uma indenização de US$ 2 milhões (R$ 4,7 milhões) por uma suposta irregularidade no empréstimo do zagueiro Julio César Cáceres ao Olimpia em 2012.

Dono dos direitos econômicos do jogador, o Boca alegava no tribunal da entidade a existência de uma cláusula que proibia o negócio.

"Conseguimos o empréstimo do Boca e depois o repassamos para o Olimpia. Surgiu, então, uma discussão em que o Boca não autorizava a transação, mas ele (Cáceres) não queria ficar no Atlético-MG de jeito nenhum, continuaria como reserva, não seria aproveitado", explica o diretor jurídico alvinegro, Lásaro Cândido Cunha, ao ESPN.com.br.

"O debate acabou sendo em torno da possibilidade de se fazer valer a cláusula que supostamente impedia o empréstimo. Sustentamos a tese de que a vontade do jogador tinha que prevalecer. Se interpretassem a cláusula da forma como eles queriam, violava o direito do atleta", completa.

No acordo feito com o Olimpia na época, o Atlético-MG seguiu pagando parte do salário de Cáceres e recebeu em troca a oferta de adquirir 20% dos direitos econômicos de quatro jogadores do clube ou somente de dois com um percentual maior. O zagueiro de 34 anos se encontra atualmente no Guaraní, do Paraguai.

O Atlético-MG administra atualmente a ansiedade pela liberação dos R$ 54 milhões retidos pela Fazenda Nacional com a transferência do Bernard para o Shakhtar Donetsk desde agosto de 2013. O clube também aguarda pelo pagamento do prêmio de R$ 6 milhões pela Fifa após o terceiro lugar do Mundial de Clubes, em dezembro.

Fonte: ESPN