Cidadeverde.com

Vilobaldo:"Unidades do PI podem se tornar uma nova 'Pedrinhas'”

Imprimir
Em destaque em matérias nacionais, os casos de violência ocorridos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís do Maranhão trazem um alerta para todo o sistema carcerário do país. Em virtude disso, aumentam as discussões sobre as falhas na segurança e como podem ser resolvidos os problemas que envolvem a questão.
 
Por isso, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) realizou ontem e hoje(18) a 1ª Conferência Nacional de Agentes Penitenciários onde foi discutido sobre os rumos e os desafios do sistema prisional. O evento contou com a presença de psicólogos especialistas sobre o tema, do presidente da Federação Nacional Sindical dos Servidores do Sistema Penitenciário (Fenaspen), além de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí (OAB-PI), Secretaria de Justiça (Sejus-PI) e do próprio Sinpoljuspi.

 
O evento foi realizado em data oportuna, já que hoje(18) é comemorado o dia do agente penitenciário no Estado.
 
Um dos pontos debatido na conferência foi o papel do Estado frente a questão das unidades prisionais. De acordo com o presidente do Sinpoljuslpi, Vilobaldo Carvalho, o Piauí encontra-se em segundo lugar no ranking de Estados com maior número de assassinatos dentro de penitenciárias em 2013, ficando atrás apenas do Maranhão.
 
“Estamos correndo o risco de chegarmos ao ponto em que o Maranhão chegou. O caso de Pedrinhas há muito tempo vinha sendo denunciado, porém, não recebeu a atenção devida e chegou onde está hoje, com esses inúmeros casos de violência em Pedrinhas. Temos que fazer algo, antes que as falhas no nosso sistema tenham o mesmo estopim”, conta.
 
Vilobaldo afirmou também que o sindicato busca providências junto ao governo há quase quatro anos, porém até o momento nada foi resolvido. “Enviamos ofícios junto ao governo para a convocação dos novos agentes, do concurso de 2009, e até agora nada. Enquanto isso ficam de 4 a 5 agentes de plantão para manter a ordem num lugar com mais de 700 presos, e a Secretaria de Justiça tem conhecimento dessa deficiência. Queremos também que sejam incluídos mais dois concursos para a área”, relata.
 
Outra questão não atendida é a da construção de unidades prisionais no Estado. De acordo com Vilobaldo, as obras dos novos presídios estão paradas há três anos e meio, fazendo com que as penitenciárias fiquem superlotadas. Na Casa de Custódia, por exemplo, a capacidade máxima é de 336 internos, porém, possui aproximadamente 730.
 
Evento

As palestras foram ministradas por representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público, OAB, Sinpoljuspi, da Secretaria de Justiça, Federação Nacional dos Agentes Penitenciários (Fenaspen) e Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP).

Eles trataram sobre as políticas de segurança dos cárceres, papel da corregedoria, perspectivas do sistema prisional piauiense, segurança interna, atuação da OAB e do Ministério Público, controle emocional de agentes, ações de inteligência, intervenção tática e sobre a luta nacional dos agentes penitenciários. 


Da redação


Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais