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Raios matam 50 pessoas no Piauí; Veja cidades com as maiores taxas

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O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou nesta segunda-feira os municípios piauienses com maiores incidências de raios neste período de chuvas. Segundo o instituto, 57 pessoas morreram vítima de descarga elétrica no Estado no período de 2000 a 2012. As duas cidades com maiores incidências de raios são Campo Largo do Piauí e Esperantina. 


Atualmente morrem 130 pessoas vítimas de raios por ano no Brasil e cerca de 500 pessoas ficam feridas.

O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) informou que caem no País 50 milhões de raios por ano. A explicação é geográfica: é o maior país da chamada zona tropical do planeta - área central onde o clima é mais quente e, portanto, mais favorável à formação de tempestades.

Ranking por Densidade (número de raios por km2 por ano)

Rio Grande do Sul

18,38

Santa Catarina

12,33

Mato Grosso do Sul

11,88

Paraná

11,36

Rio de Janeiro

9,83

São Paulo

9,29

Tocantins

8,54

Mato Grosso

7,54

Goiás

7,38

Amazonas

7,00

Rondônia

6,45

Distrito Federal

6,19

Pará

5,92

Minas Gerais

5,75

Acre

4,86

Piauí

4,07

Maranhão

4,06

Roraima

3,70

Alagoas

3,60

Espírito Santo

3,35

Bahia

2,43

Rio Grande do Norte

1,58

Amapá

1,55

Ceará

1,51

Paraíba

1,39

Pernambuco

1,27

Sergipe

0,60


O raio é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre na atmosfera. A intensidade típica de um raio é de 30 mil ampères, cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico. Em geral, quando os raios acontecem provocam um clarão e, logo em seguida, um barulho denominado trovão, devido ao deslocamento de ar. 

Município


Número de mortes por raio de 2000 a 2012

Número de raios por km2 por ano

Ranking no PI

Campo Largo do Piauí

PI

0

12,48

Esperantina

PI

2

12,47

Porto

PI

0

12,03

Nossa Senhora dos Remédios

PI

0

11,68

São João do Arraial

PI

0

11,04

Barras

PI

5

10,61

Batalha

PI

1

10,45

Morro do Chapéu do Piauí

PI

0

10,42

Miguel Alves

PI

0

9,71

Matias Olímpio

PI

0

9,71

10°

Teresina

PI

3

4,59

115º




As pessoas, na maioria das vezes, são atingidas por correntes indiretas que vêm, por exemplo, pelo chão. São raros os casos em que a pessoa é atingida diretamente por um raio e quase sempre ela morre imediatamente ou quando sobrevive, fica com graves sequelas.  

Na natureza, as descargas elétricas riscam quilômetros de céu até atingir o solo, com uma voltagem de 100 milhões de volts. Comparando com uma tomada caseira, a voltagem é praticamente um milhão de vezes maior.

Circunstâncias de mortes por raios de 2000 a 2012

%

Agropecuária*

24

Outros

16

Embaixo Árvore

10

Cobertura

6

Dentro de Casa

15

Área para prática de esporte

9

Transporte

12

Praia

5

Próximo à cerca

1

Ao telefone

2

*Considera trabalhadores rurais recolhendo animais; fazendo plantações ou corte com enxadas, pás, facões, ou carregando estes instrumentos.



Mitos e curiosidades sobre raios

Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Não é verdade e uma prova disso é o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que recebe ao menos seis descargas atmosféricas por ano. A origem desse mito está nos índios, que usam pedras atingidas por raios como amuletos, acreditando que estão protegidos contra os relâmpagos.

É perigoso ficar dentro do carro durante a chuva? Na verdade, o veículo fechado é o local mais seguro contra raios – nunca ninguém morreu no Brasil atingido por raio dessa forma. Se o carro é atingido por um raio, a descarga elétrica se espalha por sua superfície metálica, sem atingir quem está dentro dele.

Espelho atrai raios? O mito vem dos tempos em que os espelhos tinham molduras metálicas bem grossas – elas, sim, um atrativo para as descargas.

Qual é a diferença entre trovão, raio e relâmpago? Relâmpago é toda descarga elétrica emitida por uma nuvem; raio é a descarga elétrica que toca o solo. Trovão é o som produzido pela descarga elétrica.

Dá para saber a que distância caiu o raio? É possível estimar a distância em quilômetros com um cálculo simples: basta contar o tempo (em segundos) entre o momento que se vê o raio e se escuta o trovão e dividir por três.

Existem raios que não partem das nuvens? Sim, são os chamados raios ascendentes, que saem de uma construção (torres, prédios altos) em direção às nuvens. Respondem por 1% dos raios e já foram vistos em São Paulo.

Os raios são diferentes dependendo de onde surgem? Sim. No Brasil, os raios do Rio Grande do Sul tendem a ser mais fortes e destrutivos do que os que caem em outras partes do país.

Fonte: Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)


Yala Sena (com informações do INPE)
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