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TJ diz que greve é "inoportuna" e que reajuste já está contemplado

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O porta-voz da presidência do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Ricardo Gentil Eulálio, classificou a greve dos servidores do Judiciário como "indevida e inoportuna". Nesta terça-feira (11), os servidores iniciaram paralisação de 48 horas, reivindicando um reajuste de 5,6%, além de melhores condições de trabalho e reestruturação da carreira.

Fotos: Evelin Santos / Cidadeverde.com

Em coletiva de imprensa, o desembargador explicou que o governador Wilson Martins (PSB) já sancionou uma lei de subsídio para os servidores do TJ, que já está em vigor. Ele garantiu que a reivindicação salarial já foi contemplada no subsídio e que será dado reajuste de 9%. "Agora em 2014, eles tiveram reajuste de 5% e o Tribunal vai antecipar mais 4%, totalizando 9% de reajuste", explicou Eulálio.


O desembargador afirmou que o reajuste foi amplamente discutido com a categoria e que o subsídio trouxe vantagens para os servidores. Ele acrescentou ainda que a paralisação traz prejuízos para o TJ e para a sociedade. 

Segundo Eulálio, é "imprópria para o momento" a reivindicação de melhorias nos fóruns. Ele citou que o desabamento de parte do teto do Fórum Civil e Criminal de Teresina foi um incidente e tudo foi devidamente ajustado. "É normal, não foi nada grave e a obra está na garantia".


Eulálio citou ainda que é preciso fazer "mea-culpa" na prestação dos serviços juri dicionários no Estado e declarou que os servidores do TJ "não ganham mal".


O Tribunal divulgou um documento mostrando a comemoração do subsídio no site oficial do Sindicato dos Servidores. A direção divulgou também tabelas salarias mostrando que 80% dos funcionários do TJ têm salário inicial superior a R$ 5 mil e que em 2016 o salário de um analista (maioria dos servidores do local) vai ultrapassar R$ 6.200. A direção destacou que o funcionário recebe auxílio alimentação de R$ 800 e auxílio saúde, de R$ 225.

Conflito

Durante a coletiva que aconteceu no terceiro andar, na sala da imprensa, os servidores tentaram invadir o local para acompanhar a entrevista. Alguns estavam com nariz de palhaço e fita na boca, em sinal de protesto.


Entre os manifestantes está Marinalva Santana, que já foi dirigente do sindicato. "Os trabalhadores reclamam que independente do subsídio, os servidores sofrem perdas salariais. Eles pedem reestruturação da carreira e reajuste do salário", argumentou. O Tribunal de Justiça possui mais de três mil servidores.

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